Justiça

Defesa usa coronavírus para "soltar" Jamil e juiz nega pedido

Entre as alegações, advogado alegou aumento de casos do Covid 19

24 MAR 2020 • POR Joilson Francelino • 10h21
Jamil Name, acusado de chefia milícia em Mato Grosso do Sul - Reprodução/Assessoria

A defesa do empresário Jamil Name, preso deste setembro de 2019, acusado de liderar uma milícia em Mato Grosso do Sul tentou beneficiar seu cliente usando o aumento dos casos de novo coronavírus.

De acordo com os autos, a defesa sustentou novamente a idade de Jamil e que os casos do Covid 19 têm aumentado no Rio Grande do Norte, Estado para onde foi transferido em outubro do ano passado. “Mormente em face do alastramento do Covid 19, sendo que idosos, diabéticos e hipertensos estão incluídos no grupo de risco, tanto que o Ministério da Justiça publicou portaria proibindo visitas nos presídios federais por 15 dias, o vírus crescendo no Rio Grande do Norte. Mesmo diante da portaria, nada impede os agentes contaminarem os presos”, consta nos autos.

Entre as alegações, a defesa ainda sustenta que o Brasil vem adotando medidas para soltura e reavaliação de presos em razão no coronavírus e cita algumas decisões que beneficiaram presos no mesmo quadro que Name.

O pedido da defesa era para revogação da prisão preventiva, substituição por outra medida cautelar ou prisão domiciliar e foi negado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos.