Internacional

Cidade da China proíbe população de comer carne de gatos e cachorros

Medida foi adotada devido a pandemia do coronavírus

2 ABR 2020 • POR Flávio Veras • 16h15
Funcionários cortam carnes em restaurante de Shenzhen, na China - Agência Reuters

A cidade de Shenzhen, na China, proibiu a população de comer carne de cachorros e gatos como parte de uma repressão mais ampla ao comércio de animais selvagens, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os cientistas suspeitam que a doença passou de animais para os seres humanos. 

Segundo reportagem da CNN Internacional, os primeiros registros de infecção ocorreram em pessoas que tiveram exposição a um mercado de animais selvagens na cidade de Wuhan, onde são vendidos morcegos, cobras, entre outros.

A Covid-19 já infectou mais de 935 mil pessoas pelo mundo e matou 47 mil delas. Autoridades do sul da China informaram que a proibição de comer carne de cães e gatos entrará em vigor no dia 1º de maio.

“Cachorros e gatos, como animais domésticos, têm uma relação muito mais próxima aos humanos do que todos os outros animais, e proibir o consumo da carne deles, além de outros, é uma prática comum em países desenvolvidos, em Hong Kong e em Taiwan”, afirmou o governo local em uma ordem publicada nessa quarta-feira (1º). 

“A proibição também é uma resposta à demanda e ao espírito da civilização humana”, complementou no Decreto. 

Consumo de animais selvagens

No fim de fevereiro, o governo da China determinou a proibição do comércio e consumo de animais selvagens. Diversas autoridades municipais pelo país estão tentando fazer cumprir essa decisão, mas Shenzhen tem pressionado para estender a medida a cães e gatos. A carne de cachorro, em particular, é consumida em diversas regiões da Ásia.

Liu Jianping, funcionário do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, disse que aves, gado e frutos do mar disponíveis aos consumidores são suficientes. “Não há evidências que mostrem que os animais selvagens são mais nutritivos do que aves ou gado”, afirmou ele ao jornal estatal Shenzhen Daily.