Economia

Restrições cadastrais devem dificultar capilaridade de crédito a empresas

Duas linhas de crédito “socorrem” empresários durante a crise da pandemia

6 ABR 2020 • POR Joilson Francelino • 17h09

O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou nesta segunda-feira (6) o programa de financiamento da folha de pagamento para pequenas e médias empresas e, com isso, os empresários já podem pedir empréstimo aos bancos.

Essa medida beneficiará, por até dois meses, empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. Serão R$ 40 bilhões para atender aproximadamente 1,4 milhões de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores.

A linha de crédito beneficia quem tem faturamento considerado alto para muitos empresários e como eles ficam? O “socorro” a esses empresários, diante da pandemia do novo coronavírus, não está sendo divulgado com o mesmo empenho.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) expandiu a oferta de capital de giro para negócios com faturamento anual de até R$ 300 mil, até 30 de setembro de 2020, com limite de financiamento de até R$ 70 milhões por ano.

Pelo menos R$ 5 bilhões estarão disponíveis para apoio a estes empresários. Porém, para que o dinheiro chegue de fato às empresas, é necessária uma análise de risco de crédito, que verifica o cadastro e condições de pagar ou não o empréstimo ao longo do tempo.

De acordo com dados do Portal do Empreendedor, Mato Grosso do Sul tem 134 mil micro e pequenas empresas. O JD1 Notícias apurou com fonte segura que, com base no que acontece de praxe, muitos empresários ficarão de fora, por estarem inadimplentes ou terem restrições cadastrais, o que representa mais de 50% dos pequenos empresários.

Para que o objetivo de estimular e não deixar parar a roda da economia seja alcançado, essa parcela de empresários não pode ficar de fora.