Saúde

Grupo de hospitais testará cloroquina em pacientes no quadro inicial de Coronavírus

Grupo de instituições, será liderado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz

11 ABR 2020 • POR Da redação com informações do "Estadão" • 07h10
Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Reprodução/Internet

Diversos centros médicos se unirão para formar uma aliança coordenada pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, para iniciar um estudo, na próxima segunda-feira (13), para testar e eficácia da hidroxicloroquina em pacientes com quadros leves de infecção pelo novo coronavírus, mas que estão em algum grupo de risco da doença.

De acordo com o diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Oswaldo Cruz, Álvaro Avezum, este estudo tem como objetivo avaliar se o medicamento pode reduzir a hospitalização e complicações respiratórias em pacientes com covid-19 que, em primeiro momento, não foram internados por não apresentarem maior gravidade.

Segundos dados da literatura científica, 80% dos contaminados pelo novo coronavírus não precisarão de interncação, pois irão apresentar apenas sintomas leves. O risco maior de complicações é registrado em grupos com o sistema imunológico mais frágil.

Os voluntários para o estudo deverão integrar um dos seguintes grupos de risco: idosos, hipertensos, diabéticos ou fumantes.

Participarão da pesquisa 1.300 pacientes - metade vai receber o medicamento por sete dias e a outra metade tomará placebo pelo mesmo período. Todos serão acompanhados por um mês.

"Se conseguimos achar um tratamento que reduza as complicações a as hospitalizações, serão menos leitos de UTI ocupados, menos respiradores sendo utilizados. Teria um impacto positivo para o doente e para o sistema de saúde", explica Avezum.

Avezum também revela que a expectativa é incluir no estudo pacientes de cem hospitais brasileiros, públicos e privados, em 50 cidades de 15 estados do país. "Já temos  a confirmação de pacientes de 40 hospitais e devemos começar a inclusão dos pacientes a partir da próxima semana", afirma o pesquisador, que irá coordenar o estudo. A pesquisa já recebeu o aval da Comissão Nacional de ética em Pesquisa (Conep).