Educação

Prefeitura corta salários de professores em Dourados

Ficarão sem pagamento a partir deste mês, professores contratados através de processo seletivo regular, suplência ou convocação

22 ABR 2020 • POR Sarah Chaves, com informações do SIMTED e Dourados News • 13h15
Professores contratados pela Prefeitura de Dourados ficarão sem salários e sem previsão de férias antecipadas - A Frota

A Secretaria Municipal de Educação de Dourados, informou nesta semana, que a partir deste mês, não será realizado o pagamento de professores contratados pela prefeitura através de processo seletivo regular, suplência ou convocação.

De acordo com o documento assinado pelo secretário Upiran Jorge Gonçalves da Silva, essa orientação partiu da Secretaria de Fazenda. A Procuradoria Geral do Município de Dourados emitiu um parecer favorável à rescisão ou suspensão dos contratos de cerca de 1.400 profissionais da educação municipal.

Além disso, a Secretaria de Administração comunicou que não serão pagas as gratificações de alfabetização, difícil acesso e adicional noturno, inclusive para profissionais efetivos do magistério municipal. 

O Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados-MS (Simted) é radicalmente contra a “tentativa de colocar na conta dos trabalhadores os prejuízos por conta de má gestão e de uma crise mundial de saúde pública e econômica”, declarou a organização.

De acordo com o Simted, existem outros caminhos para sair da crise que não sejam os de tirar direitos dos trabalhadores. “Os mais pobres não podem pagar a conta de mais essa crise”.

De acordo com Upiran, a prefeitura, por enquanto, não pretende antecipar as férias escolares na rede municipal.“Por enquanto segue de acordo com o decreto, as aulas suspensas por tempo indeterminado. Não há necessidade de antecipação de férias, porque na hipótese de reiniciar na primeira semana de maio não haverá prejuízo, porque temos como fazer a reposição respeitando o calendário pré-estabelecido”, explicou.

O secretário reafirmou que o município deve seguir a definição da Secretaria de Estado de Educação, sobre suspensão das atividades escolares presenciais até o dia 3 de maio. No entanto, reconhece que isso pode mudar. “Não sabemos qual vai ser a situação efetiva para daqui para frente”, declarou.