Geral

Cliente é ameaçada no Pires ao pedir cumprimento de distanciamento social

Duas mulheres xingaram a vítima, e uma delas ameaçou "arrastar" a "cara" dela no asfalto

25 ABR 2020 • POR Da redação • 16h22
Supermarcado Pires, localizado na rua Anchieta na Vila Piratininga, onde ocorreu as agressões verbais - Reprodução

A jornalista, Vanessa Ricarte, 38 anos, relatou na manhã deste sábado (25), ter sido vítima de ameaças, xingamentos e humilhações dentro do Supermarcado Pires, localizado na rua Anchieta na Vila Piratininga, apenas por pedir respeito ao distanciamento social à duas mulheres na fila do caixa.

Conforme a ocorrência, Vanessa estava na fila do caixa, e iria passar suas compras quando as duas mulheres, sendo uma loira e uma morena, desrespeitaram o distanciamento social recomendado pelas instituições de saúde. “Duas mulheres grudaram do meu lado. Antes que terminasse de passar as compras, pedi para que elas respeitassem a faixa de contenção”, e foi quando começou a confusão.

De acordo com  vítima, as duas mulheres ficaram muito exaltadas e começaram a gritar com ela. “Me chamaram de filha da p@ta e me mandaram tomar no c*. A moça do caixa nem se manifestou em dizer nada”, Vanessa ressalta que novamente pediu para que as agressoras se afastassem pois era perigoso até para elas a aproximação e o contato, quando foi novamente ofendida."Foda-se eu! Tô nem ligando." Teria dito uma das mulheres.

Na ocasião, a vítima relata que pediu para chamarem o gerente, momento em que as agressoras se enfureceram mais e ficavam ameaçando a vítma. “Jogaram as compras delas no caixa, vieram pra cima de mim. Eu disse para não encostar em mim, porque chamaria a polícia e a imprensa, pois também era jornalista", falou Vanessa.

Ao JD1 Notícias a vítima relatou que mesmo após sair do mercado continuou sendo xingada e ameaçada, e que ninguém do mercado se manifestou para acabar com a briga e por isso registrou um B.O por ameaça. “Se eu não tivesse saído de lá, elas teriam batido em mim. Ninguém fez nada, nem a menina do caixa, nem o gerente, ninguém dentro da loja se manifestou a respeito do incidente. Elas tocaram o terror, me ofenderam, me humilharam. Então vou registrar um boletim de ocorrência contra o mercado”, falou.

Porém, a vítima conta que um funcionário do mercado, supostamente o gerente, foi conversar com ela fora do estabelecimento, perguntou o que houve, e após ouvir o relato, deu razão ao argumento de Vanessa, e voltou para dentro da loja sem dizer mais nada.

Ainda de acordo com Vanessa, já fora do mercado, uma delas, a loira, tentou chama-la para briga e ainda gritou. “Vou arrastar sua cara no asfalto imprensa vagabunda, imprensa lixo”.

Vanessa conta que só não foi agredida porque fora do mercado se encontrou com um casal de amigos, e apenas isso afastou a agressora.

O JD1 Notícias entrou em contato com o gerente do estabelecimento, identificado como Neriel, que disse que na realidade “não teve tudo isso, não teve ataque, não teve nada”, alegando que quando desceu para averiguar o ocorrido, as mulheres já teriam ido embora.

A ligação com o gerente caiu, e a reportagem voltou a ligar, porém outra pessoa atendeu afirmando Neriel não poderia falar no momento. A tentativa de contato para buscar a versão do supermercado e as imagens de câmeras de segurança foram insistentemente provocadas até o fechamento desta matéria.