Justiça

Governo apura se 189.695 mil militares receberam auxílio emergencial

Caixa informou que faz pagamento após validação dos dados pelo próprio governo.

12 MAI 2020 • POR Priscilla Porangaba, com informações do Correio Braziliense • 10h51
O auxílio é destinado a ajudar trabalhadores informais durante a crise na economia provocada pela pandemia do coronavírus - Reprodução/Internet

O Ministério da Defesa divulgou uma nota nessa segunda-feira (11) informando que apura se militares receberam de forma indevida o auxílio emergencial de R$ 600.

Segundo informações do Correio Braziliense, 189.695 militares receberam o benefício e sem pegar fila. Teriam sido pagos R$ 114 milhões a militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados.

O auxílio, destinado a ajudar trabalhadores informais durante a crise na economia provocada pela pandemia do coronavírus, foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

"O Ministério da Defesa informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal no período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus por integrantes da folha de pagamentos deste ministério. A referida folha de pagamentos é composta por militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados", diz um trecho da nota.

Segundo o ministério, foram adotadas "todas as medidas necessárias à rigorosa apuração" do caso. A pasta também informou que tenta identificar "se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário".

De acordo com o Ministério da Cidadania, quem recebeu o auxílio emergencial sem ter direito terá de devolver os recursos aos cofres públicos por meio do pagamento de uma Guia de Recolhimento da União (GRU).

A Caixa Econômica Federal, que faz o pagamento do auxílio, informou que faz a operação somente após a validação dos dados dos cidadãos pelo próprio governo.