Política

Servidores do MEC atuaram como advogados de defesa de Weintraub na Justiça

Em nota, Ministério da Educação diz que não há impedimento e que honorários foram pagos pelo ministro

19 MAI 2020 • POR Flávio Veras, com informações do O Globo • 15h51
Servidores do MEC atuaram como advogados de defesa do ministro Weintraub na Justiça - Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou os serviços de dois advogados, depois de nomeá-los assessores da pasta, em ações de interesse privado na Justiça, segundo o jornal "O Globo". Segundo a reportagem, os advogados Auro Hadano Tanaka e Victor Sarfatis Metta foram nomeados como assessores especiais de Weintraub em abril e maio de 2019, respectivamente, com vencimentos de R$ 13,6 mil cada um.

Em nota, o Ministério da Educação afirma que não há impedimento para que os escritórios de ambos os advogados atuem na defesa particular de Weintraub, que os profissionais não trabalham no ministério em regime de dedicação exclusiva, e que os honorários advocatícios foram pagos particularmente pelo ministro.

Ações foram ajuizadas depois das nomeações

Segundo o jornal "O Globo", as 4 ações tiveram início entre outubro e novembro de 2019 – depois, portanto, das nomeações de Victor Metta e Auro Tanaka, que ocorreram no primeiro semestre daquele ano.

No dia 3 de outubro, ainda de acordo com o jornal, Victor e seu escritório, Rosenthal Sarfatis Metta, entraram com uma ação contra o site Brasil 247. No dia 28, Victor entrou com outra ação contra a revista Fórum.

No dia seguinte, 29, Victor e seu escritório protocolaram uma terceira ação, desta vez pedindo danos morais ao escritor Paulo Ghiraldelli Júnior, informa o "Globo".

Em novembro, Auro e o escritório Rosenthal Sarfatis entraram com uma ação contra uma jornalista do Valor Econômico a acusando de difamação. Nesta ação, embora o escritório seja o autor da ação, Victor não é elencado como representante de Weintraub.