Saúde

“Venezuelana morta por coronavírus estava há 14 dias com sintomas”, diz Hospital

A morte aconteceu na última sexta-feira (29), em Dourados. Unidade explicou todos os procedimentos adotados

1 JUN 2020 • POR Flávio Veras • 15h32
Paciente de 27 anos, chegou ao HU no final da tarde de quarta-feira (27) - HU/Divulgação

O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) publicou uma nota nesta segunda-feira (1º) sobre o atendimento prestado venezuelana, Ruselis Esther Hernández Benavides, que morreu na última sexta-feira em decorrência do novo corionavírus (Covid-19).

De acordo com o documento, a paciente de 27 anos, chegou ao HU no final da tarde de quarta-feira (27), “com sintomas de tosse seca há 14 dias, com náuseas, vômitos, dor abdominal, e que foi levada pra UPA com crises convulsivas”. “Segundo documentação, ela teria permanecido por mais de 12 horas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) até ser encaminhada ao Hospital da Vida (HV), onde foi estabilizada e posteriormente encaminhada ao HU-UFGD, indo diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, diz o hospital. 

O documento ainda informou que, assim que chegou à unidade, Ruselis foi colocada no ventilador, passou por uma tomografia e outros exames, onde foi detectado estado de choque. Como a paciente já apresentava sintomas por 14 dias antes da admissão no HU, foi realizado exames, onde foi diagnóstico de Covid-19. Apesar da gravidade do quadro, a vítima não apresentava comorbidades relatadas.

“Durante o tempo de internação, a equipe médica e o serviço de psicologia hospitalar permaneceram em contato com o esposo de Ruselis, que foi devidamente informado e ouvido a cada procedimento, evolução e tomada de decisão no cuidado à paciente”, explicou a instituição.

E completou a informação dizendo que “o HU-UFGD não faz distinção entre pacientes, atendendo de forma equânime e igualitária cidadãos de quaisquer etnias ou nacionalidades, observando individualidades e particularidades de cada caso, principalmente no que diz respeito à comunicação e participação dos próprios pacientes e familiares nas tomadas de decisão, como ocorreu com a venezuelana Ruselis.” 

Por fim, o hospital lamentou a morte da paciente. “Enquanto instituição composta por gestores, colaboradores e, em especial neste momento, equipe multiprofissional assistencial, lamenta o óbito da paciente Ruselis Esther Hernández Benavides, presta solidariedade aos familiares e amigos, e reafirma o compromisso de estar plenamente empenhado no atendimento às vítimas e no combate à pandemia de Covid-19”, finalizou.