Economia

Dólar não para de cair e agora chega a R$ 4,96

É a primeira vez que a moeda americana fica abaixo de R$ 5 desde março

5 JUN 2020 • POR Sarah Chaves, com informações do G1 • 12h35
O dólar norte-americano teve queda de 3,19% até o 12h - Reprodução

O dólar comercial chegou a ser negociado por R$ 4,966 na manhã desta sexta-feira (5), pela Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira. A moeda norte-americana atingiu o valor por volta das 12h (de Brasília), quando caía 3,19%.

Vindo de três altas consecutivas, é a primeira vez desde 26 de março que o dólar opera abaixo dos R$ 5. 

O Banco Central ofertará nesta sexta-feira até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem, com os vencimentos divididos entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021.


O dólar comercial teve valorização de 0,891% até ontem (4), fechando a R$ 5,132 na venda. O Ibovespa oíndice teve valorização de 0,89%, fechando a 93.828,609 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Investidores reagiam positivamente a dados melhores do que o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos, além de otimistas em relação a uma retomada da atividade nas principais economias devido aos relaxamentos graduais das restrições. "Investidores acompanham a divulgação de indicadores macroeconômicos, mas mantêm o foco na reabertura das atividades econômicas em vários países", escreveram analistas do Bradesco

Nesta sexta-feira, o relatório de emprego do governo dos EUA mostrou que a taxa de desemprego na maior economia do mundo teve uma queda inesperada em maio, passando de 14,7% em abril para 13,3%. Participantes do mercado disseram que a leitura foi muito melhor do que a esperada, sinal de que o pior da crise econômica do coronavírus pode já ter passado. "Além disso, o anúncio da ampliação do programa de estímulos monetários feito pelo  Banco Central Europeu (BCE) ontem ainda traz impulso adicional aos negócios", completaram analistas do Bradesco.