Política

Lucas, filho do ex-secretário Hashioka, recebe auxílio emergencial

Advogado justifica que teve “necessidade”, mas “já devolveu o dinheiro”

23 JUN 2020 • POR Da redação • 17h50
Lucas afirmou que já emitiu um boleto e estornou o dinheiro ao governo federal - Reprodução/Facebook

O advogado Lucas Gandolfo Hashioka, filho do ex-secretário do Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), Roberto Hashioka, e de família abastada, está entre os beneficiados pelo Auxílio Emergencial do governo federal.

A presença do profissional liberal, na relação de desafortunados, que dependem dos R$ 600 para sobreviverem, causou espanto em Nova Andradina, cidade na qual o pai é pré-candidato a prefeito nas Eleições deste ano.

O advogado afirmou que realmente solicitou o auxílio, pois entende que, como profissional autônomo, tinha o direto de receber a ajuda. Além disso, Lucas afirmou que devido a pandemia, seus honorários caíram de forma substancial e precisava do dinheiro para honrar seus compromissos.

“Parece-me que estão usando esse fato para atingir meus pais. Eu sou uma pessoa independente, ou seja, não vivo as custas deles. Os dois nem sabiam que havia solicitado o auxílio, pois, como vivo sozinho, minha situação financeira não cabe aos dois”, explicou.

Devido a repercussão negativa sobre o fato, Lucas afirmou que já emitiu um boleto e estornou o dinheiro ao governo federal. “Estou indignado com essa situação e, por esse motivo, resolvi devolver o dinheiro e irei tentar cancelar as outras parcelas e, caso não consiga, irei estornar como fiz com essa primeira”, projetou.

OAB

Em contato com o JD1, o presidente da Ordem dos advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso do Sul, Mansur Karmouche , disse que vários advogados estão em dificuldades , e se forem feitas pesquisas “vão achar outros nomes conhecidos “.

Ainda Segundo Mansur, “apenas as audiências de instrução acontecem e depois nada “. Segundo ele isso paralisa os recebimentos dos associados da OAB, e que são muitos os casos de profissionais que recorreram ao auxílio.


Fonte: Ministério da Cidadania