BrasilLula deve vetar "pacote de bondades" a servidores
2 JUN 2010 • POR Divulgação • 09h30
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve frustrar o Congresso Nacional e vetar uma emenda da medida provisória 479 – que pretende reestruturar 25 carreiras da administração pública – aprovada ontem pelo Senado.
O veto vai impedir um gasto anual de R$ 1,8 bilhão aos analistas da Previdência Social, que, de acordo com a emenda, teria o direito de ingressar na carreira de auditor da Receita Federal. Com a mudança, a categoria será incluída no quadro do Ministério da Fazenda.
O trecho que deve ser barrado havia sido incluído pela Câmara junto a outras emendas, que já haviam elevado em R$ 3,3 milhões os gastos previstos pelo governo.
Lula enviou a MP prevendo despesas anuais de R$ 31,7 milhões, mas o valor deve chegar a R$ 35 milhões graças à relatora da MP, deputada Gorete Pereira (PR-CE), que acatou 45 emendas integralmente e 18 parcialmente, transformando cargos, estendendo gratificações, aumentando salários e incorporando carreiras.
Há quatro meses das eleições, alguns senadores lamentaram que outras categorias tenham ficado de fora do "pacote de bondades". O líder do DEM, senador José Agripino (RN), votou favoravelmente ao projeto “para não prejudicar outras carreiras”, mas pediu que os Analistas da Receita Previdenciária fossem incluídos em uma próxima medida provisória.
O senador petista Augusto Botelho (RR) queria que os funcionários do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) também entre na próxima leva. (Com informações Midiamax)