Economia

Após anunciar prorrogação do Auxílio, Bolsonaro fala em harmonia entre Poderes

Presidente tem adotado nas últimas duas semanas um tom mais ameno em relação as críticas ao Congresso e STF

30 JUN 2020 • POR Flávio Veras • 16h55

Nas últimas duas semanas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem adotando um tom mais ameno com relação as instituições do Estado Democrático de Direitos, como Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional (Câmara e Senado). Nesta terça-feira (30), durante o anúncio da prorrogação por mais dois meses do Auxílio Emergencial, o presidente adotou novamente um apaziguador.

Durante a fala, após assinar o documento garantindo o benefício, o presidente enalteceu a presença do presidente Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM), e do presidente do Senado Federal, David Alcolumbre (DEM), e falou que a harmonia entre os Poderes da República devem prevalecer neste momento de pandemia do novo coronavírus.

“Gostaria de agradecer aos presidentes, pois demonstram que estão interessados no interesse do país. Eu ando pela periferia de Brasília e cidades satélites, não para desobedecer a ninguém, mas para saber a necessidade do povo mais carente. Eles representam os sentimentos de milhões de brasileiros que estão passando por necessidade agora. Quero convidar os dois presidentes que vá comigo na próxima viagem, por várias paramos em algum vilarejo para ver como os moradores estão.

E complementou dizendo que “a simplicidade desse povo é que nos faz lutar um pouco mais. Eu perguntei a eles sobre o auxílio, e pelo menos metade falou que havia recebido. Esse fato só foi possível graças ao Ministro Paulo Gudes e ao Congresso, que votou de forma rápida para que esse dinheiro chegasse lá na ponta”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial, destinado a trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família.

Segundo Guedes, a proposta é que sejam pagas mais quatro parcelas em dois meses, que somarão R$ 600 por mês, totalizando R$ 1,2 mil.

O pagamento deverá ser feito da seguinte maneira, segundo o ministro:

R$ 500 no início do mês;

R$ 100 no fim do mês;

R$ 300 no início do mês;

R$ 300 no fim do mês.

O anúncio foi feito em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Na cerimônia, Bolsonaro assinou um decreto sobre a prorrogação do pagamento.

Após o evento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que o cronograma de pagamento das novas parcelas ainda será divulgado. Segundo ele, o calendário está pronto, mas falta autorização do ministro Paulo Guedes para anunciar.