Internacional

Na Holanda, prostitutas podem retomar atividades, mas sem beijos

As profissionais também recebem recomendação de não respirar perto dos clientes

2 JUL 2020 • POR Joilson Francelino, com CNN • 08h50

A Holanda autorizou na quarta-feira (1º) que as prostitutas voltem a receber clientes após a diminuição das medidas de prevenção contra o novo coronavírus, mas recomendou elas a evitar respirar perto ou beijar seus clientes para reduzir os riscos de transmissão de Covid-19.

Dançarinas eróticas e prostitutas perderam sua principal fonte de renda por três meses e meio e, de forma geral, não tiveram acesso aos programas de apoio do estado durante a quarentena.

Elas foram pegas de surpresa com a antecipação pelo governo da data em que poderiam voltar a trabalhar, de 1º de setembro para 1º de julho.

O Distrito da Luz Vermelha, em Amsterdã, onde milhares de turistas lotam os canais para assistir a shows de sexo e visitar lojas de presentes eróticos, ficou deserto durante o isolamento.

A Red Light United, que representa as prostitutas de Amsterdã, fez uma campanha para voltar ao trabalho o mais rápido possível, afirmando que algumas profissionais do sexo ainda tinham que pagar aluguel em suas instalações e que o bloqueio as obrigava a trabalhar ilegalmente, expondo-as a riscos maiores.

Como o número de novas infecções e mortes por Covid-19 caiu rapidamente nas últimas semanas, a Holanda suspendeu a maioria das medidas de bloqueio. O país registrou mais de 50 mil infecções e mais de 6 mil mortes desde meados de março.

 

Apesar da melhora nas estatísticas, as pessoas são aconselhadas a manter 1,5 metro de distância e devem usar máscaras no transporte público. Essas regras não se aplicam a profissionais do sexo e as autoridades de saúde recomendam evitar encontros cara a cara.