Fogo consome 10 mil hectares e avança sobre escola rural de Corumbá
Bombeiros e brigadistas tentam conter as chamas, mas vento forte ajuda a propagar o incêndio
6 JUL 2020 • POR Flávio Veras, com informações do Diário Corumbaense • 16h52Um incêndio, que já consumiu 10 mil hectares, ameaça atingir uma escola rural localizada próxima a Serra do Amolar, em Corumbá. O Corpo de Bombeiros e brigadista trabalham nesta segunda-feira (6) para evitar que as chamas cheguem até o prédio escolar, mas o vento forte ajuda a propagar o incêndio.
Segundo reportagem do Diário Corumbaense, o fogo teve início na semana passada. Foi feito um aceiro (abertura na vegetação que atua como barreira com queima controlada) para impedir a propagação das chamas em direção à escola. O colégio Escola Rural é uma atividade de ensino em regime de internato, da Ong Acaia Pantanal, que. atua em parceria com a Prefeitura de Corumbá.
“Somando esforços com os seis brigadistas, temos desde domingo (5), cinco militares do Corpo de Bombeiros de Corumbá atuando no combate ao incêndio. Além disso, temos dois tratores com grade, que foram emprestados de fazendas vizinhas, para dar apoio no combate ao fogo, que está ao redor da sede da escola”, explicou coronel Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Ele ainda ressaltou que a expectativa é de que a chuva possa ajudar. “Temos previsão de chuva na região na quarta-feira (08), mas enquanto isso vamos seguindo com as ações de combate ao fogo, mas venta muito e, com isso, há a propagação do fogo”, completou informando que as aulas estão suspensas devido a pandemia de covid-19, mas há profissionais na escola, entre eles, professores.
O combate está sendo realizado em local de difícil acesso, por ser área de mata fechada, sendo necessário o uso de trator para cessar os focos. O vento é um grande fator que favorece a propagação das chamas. Os trabalhos de controle ao fogo entraram no sexto dia nesta segunda-feira.
Queimadas
Corumbá segue na liderança do ranking entre os municípios com mais focos de queimadas no Brasil. São 1.877 focos nesses seis primeiros meses do ano. Nos seis dias de julho, a cidade registrou 104 focos, destes, 32 nas últimas 48h. Os dados são Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).