Polícia

Com cadáver em casa, assassino de Carla “seguiu a vida normal”

Marcos André dormiu com o corpo da vítima embaixo da cama

15 JUL 2020 • POR Joilson Francelino e Gabriel Neves • 10h25
O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio, delegado Carlos Delano - Gabriel Neves

O servente de pedreiro, Marcos André Vilalba Carvalho, 21 anos, assassino confesso de Carla Santana Magalhães, 25 anos, disse à polícia que ficou com o cadáver da vítima em sua casa, ao lado da residência da família, e seguiu sua rotina normal, saindo para trabalhar.

De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio, delegado Carlos Delano, o assassino disse que não se lembra do momento em que matou Carla. Ele estaria sentado em frente a sua residência quando viu a vítima, teve um “apagão de memória” e não se lembra de ter abordado e assassinado.

No dia seguindo, Marcos teria visto o corpo de Carla em sua casa, o colocou debaixo da cama e seguiu sua rotina. O autor também alegou não ter se lembrado do momento em que desovou o cadáver em frente ao estabelecimento comercial, a poucos metros da residência da família.

“É possível deduzir que, a mesma facilidade que ele teve de pegar a vítima e levar, em poucos segundos para dentro de sua casa, foi utilizada para levar o corpo dessa vítima até a varanda de onde ela foi depositada”, afirmou.

O tempo em que o corpo de Carla ficou dentro do quarto do assassino não o incomodou pelo odor. De acordo com o delegado, o autor disse não ter sentido odor ruim. “Dormi com o cadáver ali”, disse em depoimento. 

Delano acrescentou que tudo o que foi relatado pelo autor encontra respaldo na prova técnica. O autor disse estar arrependido do que fez.