Saúde

“Melhor fechar o comércio do que abrirmos valas em cemitérios”, diz Resende

Declaração foi feita após o secretário afirmar que estado vai orientar prefeituras a tomarem medidas mais restritivas em cidades onde a Covid-19 avança

15 JUL 2020 • POR Flávio Veras • 18h52

O secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende declarou na tarde desta quarta-feira (15) que irá amanhã (16) lançar uma série de orientações para prefeituras estado medidas que restrinjam ainda o isolamento social, principalmente em cidade onde a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem avançado. O posicionamento foi em uma entrevista exclusiva ao JD1 Notícias a ser questionado como via as medidas mais restritivas anunciadas pelo prefeito da capital Marquinhos Trad (PSD) decretadas na manhã de hoje.

Segundo o secretário as orientações terão como base O Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), que tem o objetivo de manter as atividades socioeconômicas, sem riscos à saúde e até a possibilidade de lockdown.

“Cada cidade, dependendo da situação de infectados, terá a classificação anunciada com conforme as 5 bandeiras que vão da verde até a preta. Na capital por exemplo, a movimentação de pessoas está acontecendo como se não estivemos em uma pandemia, isso reflete diretamente no aumento das taxas de infecções e mortalidades provocadas pela Covid-19 na cidade. Enquanto estivermos com a taxa de isolamento social em 30%, o avanço da doença será grande. O ideal é 60%”, afirmou.

E complementou a informação dizendo “é melhor fecharmos alguma atividade econômicas essenciais como comércio do que abrirmos valas. No entanto, não será uma imposição, pois não é da prerrogativa do estado interferir nas gestões dos prefeitos. No entanto, poderemos analisar adotar decretos fechando alguns serviços para que aumentemos o isolamento social”.

Ainda conforme Resende, todo os municípios receberam diretrizes de como agir para restringir o deslocamento de pessoas. “Nós daremos todas as diretrizes, para que eles, prefeitos ou prefeitas adotem ou não as medidas. Porém, se não acatarem, a responsabilidade do número de infectados e mortos será de exclusividades deles”, finalizou.