Após doação, Santa Casa repõe estoque de anestésico para UTI’s
O medicamento, em falta no mercado farmacêutico, foi encaminhado pela Secretaria de Saúde de MS
23 JUL 2020 • POR Flávio Veras, com informações da assessoria • 17h11
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) encaminhou para a Santa Casa de Campo Grande duas remessas de um anestésico usado no auxílio da intubação de pacientes em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). O nível do estoque desse tipo de anestésico estava comprometido no hospital por causa do desabastecimento do produto no mercado farmacêutico mundial.
Segundo o hospital, a doação do medicamento Propofol faz parte do reforço de doses distribuídas pelo Ministério da Saúde nos estados, diante do panorama emergencial devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Nos últimos meses, a Santa Casa registrou um aumento de 133% no consumo do medicamente, provocado também pela falta de outro medicamento similar, o Midazolan.
Em alguns momentos, a alternativa usada pelos médicos foi usar doses menores desse sedativo associadas a outros medicamentos, sem comprometer o atendimento aos pacientes.
Desde que a pandemia teve início, o hospital já abriu 20 novos leitos de Terapia Intensiva, sendo 10 deles exclusivos para atendimento aos pacientes infectados pelo novo coronavírus, o que também contribui para o aumento no consumo desse tipo de medicamento.
As remessas de Propofol enviadas pela SES somam 3.510 unidades. O superintendente da Gestão Médico-hospitalar, Dr. Luiz alberto Kanamura, explicou que há outros medicamentos substitutos, mas esse é o mais usado por ter melhores resultados junto aos pacientes e enfatizou que há outros itens essenciais nas farmácias hospitalares que estão em falta atualmente.
Estoque nacional
De acordo com informações da Agência Brasil, para a aquisição dos medicamentos em falta no país, o Ministério da Saúde implementou três ações simultâneas para mitigar o problema. A primeira foi a requisição imediata do estoque excedente da indústria farmacêutica, iniciada em 22 de junho. A segunda ação foi iniciar o processo de licitação feito via Sistema de Registro de Preços (SRP). E a terceira, por meio da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS) e intermédio da embaixada brasileira, em Montevidéu, foi a compra internacional dos medicamentos no Uruguai.