Brasil

Em visita ao Rio, papa fará discurso em cima de laje na Favela da Varginha

6 JUN 2013 • POR Via G1 • 10h18
Papa fará saudação aos moradores e receberá presente da comunidade. (Andressa Gonçalves/G1)
Uma laje utilizada por crianças para soltar pipa vai servir de palco para o Papa Francisco durante visita à Varginha, no Conjunto de Favelas de Manguinhos, no dia 25 de julho. A 47 dias da Jornada Mundial da Juventude, a comunidade não passou por grandes mudanças. O campo de futebol que vai reunir os fiéis para o encontro com o pontífice continua em péssimas condições, os alambrados são sustentados por postes, o muro está apoiado em pedaços de madeira e um ferro-velho ainda ocupa grande parte do espaço.

De acordo com Everaldo Oliveira, morador da comunidade e integrante da equipe responsável pela visita do Papa à Varginha, o pontífice vai chegar ao local de carro fechado pela Avenida Leopoldo Bulhões, que terá o trânsito interditado. O Comitê aguarda autorização do Vaticano para que o Papa ande de papamóvel e possa ter mais contato com a comunidade.

De cima da laje do vestiário do campo de futebol, Francisco fará uma saudação e receberá as boas-vindas dos jovens da comunidade. Em seguida, os moradores vão retribuir a mensagem com uma surpresa que ainda está sendo planejada. Um discurso de cerca de 30 minutos encerra a visita do pontífice à favela.

Campo de futebol
O campo de futebol, que vai receber o papa argentino, tem 8.400 metros quadrados e capacidade para receber mais de 25 mil pessoas. Uma escada será construída para dar acesso à laje e um toldo vai ser colocado em cima do vestiário para servir de fundo. O alambrado, que está caindo, deve ser substituído por uma grade mais baixa. O muro branco, que está inclinado e representa um risco à segurança dos fiéis, será derrubado.

A construção separa o campo da área que era chamada de Faixa de Gaza, referência à área de conflitos entre palestinos e israelenses. A associação era feita em razão dos constantes tiroteios entre as favelas de Manguinhos e Mandela, antes da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora, em janeiro. Um espaço será reservado para os idosos e portadores de deficiências. Um ferro-velho que funciona do lado de fora do campo vai dar lugar aos jornalistas que farão a cobertura do evento.