Política

"Auxílio ajuda superar crise salvando vidas e empregos", diz Coronel David

Estudo da FGV demostra que o programas ajudou a reduzir extrema pobreza ao menor patamar dos últimos 40 anos

29 JUL 2020 • POR Flávio Veras • 17h53

O deputado estadual Coronel David (sem partido) parabenizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela redução da extrema pobreza ao menor índice nos últimos 40 anos, devido ao Auxílio Emergencial. Em suas redes sociais, o deputado publicou um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta os dados.

Na publicação o parlamentar disse que o presidente está sempre atento às necessidades dos brasileiros. "Um estudo divulgado pela Ibre/FGV, apontou que o Auxílio Emergencial, do Governo Federal, ajudou a reduzir a extrema pobreza no Brasil ao menor nível em 40 anos. Parabéns Presidente! Vamos superar essa crise, salvando vidas e mantendo empregos", escreveu.

A reportagem do JD1 Notícias ouviu o deputado sobre o assunto. Segundo ele a importância dessa notícia é que os dados não partiram do próprio governo. “Importante que essa contatação não foi feita pelo Planalto, o que torna o fato ainda mais relevante. Além disso demostra que, nesse momento de extrema dificuldade devido à pandemia, o governo conseguiu colocar esse dinheiro nas famílias de baixa renda, além de ajudá-las, também estimulou a economia colocando esse dinheiro no mercado”, afirmou.

Sobre a prorrogação do programa, o deputado foi cauteloso ao falar, pois ele entende que não se pode especular nada por enquanto. “Esse dinheiro criou um novo paradigma para estas pessoas. Mostra, sobretudo, o presidente preocupado em melhorar a qualidade de vida. Em relação à prorrogação, a equipe econômica terá que avaliar se o país terá caixa suficiente para o futuro. O que se sabe é o presidente ordenou esse estudo, caso ele seja favorável, a extensão do programa pode ser viável”, finalizou.

Estudo

A distribuição do auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus reduziu a extrema pobreza no Brasil ao menor nível em 40 anos. Essa é a conclusão de uma análise feita pelo pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

De acordo com os dados, em junho deste ano 3,3% da população brasileira, o que corresponde a quase 7 milhões de pessoas, vivia na extrema pobreza. No mesmo período do ano passado, o contingente era de 6,9% (14 milhões de pessoas). São computados neste grupo aqueles quem têm renda domiciliar per capita de 1,90 dólares por dia ou 154 reais mensais por integrante da família. 

As informações têm como base as Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD-COVID). Duque explica que, apesar de essas pesquisas não serem 100% comparáveis, é seguro dizer que a extrema pobreza está em seu menor nível desde ao menos os anos 80, quando o cálculo começou a ser feito com alguma precisão. Naquela época, cerca de 16% da população brasileira vivia na miséria.

Segundo informações do IBGE, o ano com menor índice de extrema pobreza até então foi 2014, quando 4,2% da população estava nesta faixa econômica. “A PNAD com cobertura nacional começou em 2004, antes não tinha área rural da região norte, mas é seguro dizer que a pobreza nunca foi registrada em nível tão baixo”, diz Duque.

O economista avalia que o fato de em junho quase 50% da população estar recebendo o auxílio emergencial de 600 reais impulsionou esse resultado positivo, com destaque também para as mães e pais solos que acumularam dois benefícios. O fim previsto do apoio, contudo, significa que o resultado não deve se manter.

“O cenário vai depender da recuperação do mercado de trabalho, mas assumindo que não vamos voltar rapidamente, a extrema pobreza deve aumentar a níveis inclusive maiores do que no ano passado”, afirma. Em junho de 2019, o país tinha 6,9% da população na miséria.