Justiça

Suspeito de ajudar milícia, delegado Obara é solto pela Justiça

Durante o curso do processo ele volta a trabalhar em funções administrativas

6 AGO 2020 • POR Marcos Tenório • 09h31
Reprodução

O delegado preso em desdobramento da operação da Omerta, em junho deste ano, Márcio Shiro Obara teve o pedido de liberdade concedido nesta quarta-feira (5). Ele ficou 48 dias preso e responderá em liberdade. Durante o curso do processo ele volta a trabalhar em funções administrativas.

O advogado Ricardo Machado, que defende o delegado Obara, disse ao JD1 Notícias, que entrou com pedido de avocação de prisão preventiva, e o Juiz substituiu a prisão dele por medidas cautelares.

“Alegamos que não persiste mais os motivos que impetraram o decreto da prisão preventiva, e aliada a essas informações anexaram o histórico do Dr. Obara, que réu primário, tem bons antecedentes, tem 20 anos exercendo a função, e o juiz analisando essa questão, quanto analisar o histórico dele, resolveu colocar e aplicar esse benefício onde ele responderá o processo em liberdade”, disse o advogado Machado.

A liberdade provisória do delegado Obara foi decretada pelo juiz de primeira instância, Roberto Ferreira Filho.

O advogado informou que “ele continua a trabalhar, mas nessas medidas cautelares que foram aplicadas, Obara terá durante o curso processual, trabalhar em funções administrativas, não em funções investigativas”.

O caso

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), prendeu um Delegado da Polícia Civil em Campo Grande e empresários no interior de MS, as prisões são referentes a terceira fase da Operação Ormetà, deflagrada na manhã desta do dia 18 junho.

Um dos presos da operação é o Delegado Titular da Segunda Delegacia de Polícia de Campo Grande, Márcio Shiro Obara, o servidor também foi titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios).

A corregedoria da Polícia Civil também participa da operação e a instituição lançará uma nota sobre a prisão do servidor.

Operação Ormetà

A Operação Ormetà combate uma organização criminosa atuante em Mato Grosso do Sul, eles tinham grupos de extermios e envolvimento em tráficos de armas.

Diversos assassinatos cometidos na capital e no interior do estado foram a mando desta organização, que tinham como cabeças os empresários do empresário Jamil Name e Jamil Name Filho.