Internacional

Beirute: Número de mortos chega a 137; 300 mil estão desabrigados

Dezenas pessoas seguem ainda desaparecidas

6 AGO 2020 • POR Flávio Veras, com informações do G1 • 14h32
Homem carrega nesta quinta (6) seus pertences ao sair de sua casa destruída por explosão no porto de Beirute - Hussein Malla/AP

O ministério da Saúde do Líbano atualizou nesta quinta-feira (6) o balanço de vítimas da explosão que que devastou a zona portuária de Beirute: mais de 137 pessoas morreram e mais de 5 mil ficaram feridas. Dezenas seguem desaparecidas, de acordo com o porta-voz Rida Moussaoui.

Segundo o portal G1, a tragédia de terça-feira (4), provocada segundo as autoridades por um incêndio em um depósito que armazenava uma grande quantidade de nitrato de amônio no porto da capital libanesa, deixou quase 300 mil desabrigados, segundo o governador de Beirute, Marwan Aboud.

Impacto no sistema de saúde

O ministro da Saúde Pública, Hamad Hassan, reconheceu que o país não possui estrutura suficiente para tratar os feridos e cuidar de pacientes em estado crítico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a explosão deixou três hospitais em Beirute inoperantes e dois parcialmente danificados, comprometendo a quantidade de leitos disponíveis. Os pacientes estão sendo transferidos para hospitais em todo o país, até mesmo para a região ao sul de Saida e ao norte de Trípoli.

Uma mulher estava em trabalho de parto quando houve a explosão. O marido fazia um vídeo no momento em que o impacto da explosão destruiu parcialmente o hospital onde estavam.

Medidas

Governo libanês quer identificar responsáveis por explosão em até quatro dias. O presidente francês, Emmanuel Macron, desembarcou em Beirute e prometeu organizar uma ajuda internacional. Devido à tragédia na capital libanesa, o Tribunal Especial para o Líbano decidiu adiar o veredito do julgamento dos acusados do atentado que matou o ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, ocorrido em 2005.

A decisão será divulgada no dia 18 deste mês. Havia uma grande expectativa para o resultado do julgamento, que pode gerar ainda mais tensões políticas.