Karolzinha pode ter sido morta “por tomar dores de amiga”, diz delegado
Gustavo Vieira descartou crime passional e briga entre facções criminosas
4 SET 2020 • POR Joilson Francelino e Marcos Tenório • 10h06O delegado Gustavo Vieira, da 5º Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, que conduz as investigações sobre a morte de Carolina Leandro Souto, 23 anos, afirmou nesta sexta-feira (4), que o crime pode ter sido motivado por uma desavença antiga, que se potencializou no domingo (30), em uma briga entre Karolzinha a assassina, Nayara Francine Nóbrega, 22 anos, durante uma festa.
Em coletiva nesta manhã, o delegado destacou que a investigação ainda está em fase inicial, porém já está descartada a motivação passional ou envolvimento com facções criminosas, suspeitas que foram levantadas inicialmente. “O que se expõe é que houve uma desavença com uma amiga de Carolina e que ela teria tomado as dores da amiga e então ela [Nayara] alega que estava sendo ameaçada”, disse sobre o depoimento da acusada que foi indiciada pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e segue em liberdade.
A próxima parte da investigação será para apurar o que de fato ocorreu na festa que motivou o assassinato. Além disso, o delegado quer saber se Nayara agiu sozinha ou teve ajuda de alguém.
O caso
Karolzinha foi morta a tiros na última segunda-feira (31) em frente a residência onde morava no bairro Aero Rancho.
A vítima e a autora tiveram uma discussão momentos antes. Karolzinha chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Centro Regional De Saúde (CRS) Aero Rancho, com lesões no rosto e ombro, com sangramento extenso através da boca e nariz, mas antes de chegar a unidade de saúde, ela não resistiu e morreu na viatura.