Política

Soraya diz que não apoiará Trutis; deputado “agradece”

Senadora disse ter pulso firme e espera decisão do TRE para "cancelar" candidatura

15 SET 2020 • POR Joilson Francelino • 17h27
A senadora Soraya Thronicke e o deputado federal Loester Trutis - Reprodução/Internet

A senadora Soraya Thronicke, presidente regional do PSL, disse nesta terça-feira (15) que não apoiará o deputado federal Loester Trutis caso ele seja, de fato, o candidato à prefeitura de Campo Grande. Ela espera uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para "cancelar" a convenção que escolheu o deputado.

“Tínhamos planos com a candidatura do Vinícius e foram para baixo do dia para a noite. A minha mão continua firme e se ele ganhar na nacional, tranquilo, Campo Grande vai escolher. Eu não vou fazer campanha nenhuma e, no segundo turno, vou escolher quem apoiar, se achar que vale a pena”, disse a senadora.

Ao JD1 Notícias, Trutis disse que agradece o não apoio da senadora. “A senadora não condiz mais com as bandeiras que defendo. A nossa briga, todo mundo sabe, é porque ela está entrando na Justiça para pedir o mandato do Capitão Contar, para a amiga dela, Raquel Portioli, e acho isso de uma falta de hombridade tirar o mandato de um deputado estadual que teve quase 80 mil votos. Para mim é um alívio, pois eu não gostaria que ela, como senadora, pedisse para entrar na minha campanha e talvez eu fosse até obrigado a suportá-la, mas agradeço”, afirmou.

Trutis ainda falou sobre o possível “cancelamento” da convenção que o escolheu candidato. Segundo o vereador Vinícius Siqueira, que também encabeça o pedido de impugnação, a convenção se torna inválida, pois o deputado não era mais o presidente municipal da sigla no dia do evento, assim como toda sua diretoria estava inválida. Segundo Siqueira, a senadora Soraya retirou o deputado do comando municipal,na sexta-feira (11), e não teria avisado ninguém.

Mesmo com o argumento de que desde sexta Trutis não era mais o presidente municipal, o deputado garante que foi retirado da presidência na segunda-feira (14), um dia após a convenção, e que o documento que mostra a sua “saída” no dia 11 foi feito também na segunda, com data retroativa. Ele ainda disse que o que foi levado ao TRE, sobre a validade da ata, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, entendeu que ele, Trutis, era o presidente da sigla no dia da convenção, assegurando a candidatura.

Já Siqueira rebateu dizendo que a tendência é que o Judiciário anule a convenção. “Estamos bem fundamentados”, disparou. O vereador mantém esperança na Justiça para, com liminar, realizar nova convenção e sacramentar seu nome para a disputa pela prefeitura. Se deferida a liminar, a briga será entre Soraya e Bivar.