Política

Em discurso na ONU, Bolsonaro nega incêndios criminosos no Pantanal

Segundo o presidente, o fogo que consome o bioma é provocado pela falta de chuva e a biomassa produzida no local

22 SET 2020 • POR Flávio Veras • 10h35

Em discurso realizado na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidos (ONU) nesta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as queimadas, que já perdura há cinco meses, não é de origem humana, ou seja, não é criminosa. Para o presidente, o que está acontecendo na região deve-se ao forte calor dessa época do ano, somada a falta de chuvas registradas no período, bem como o aquecimento do acúmulo de massa produzida pelo bioma.

Como é tradicional, a abertura foi feita pelo Brasil, na figura do presidente vigente. Além do Pantanal, o presidente ainda comentou sobre a Amazônia, sobre a pandemia do novo conronavírus (Covid-19) e reafirmou a importância do agronegócio brasileiro para o mundo.

Sobre o bioma pantaneiro, o presidente alegou que as queimadas que estão acontecendo na região não são criminosas, mas sim provocada pela forte seca que este ano atingiu a região.

“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior, os incêndios acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam roçados em busca da sua sobrevivência em áreas já desmatadas. Já os focos criminosos são combatidos com rigor”, explicou.

E complementou informação dizendo que, “no caso do Pantanal, assim como a Califórnia, sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis das altas temperaturas locais, somada ao acúmulo de massa organiza em decomposição. A forte seca deste ano, é outro fator determinante”, finalizou.