Polícia

“Nada disso pode ter acontecido”, diz delegada sobre criança baleada na capital

Depoimento dos pais pode mudar os rumos das investigações, aponta Elaine Benicasa

22 SET 2020 • POR Joilson Francelino e Marcos Tenório • 10h40
A delegada adjunta da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Elaine Benicasa - Marcos Tenório

A delegada Elaine Benicasa, adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) afirmou nesta terça-feira (22) que as investigações do caso da criança de 7 anos, que teria sido baleada na segunda-feira (21), na região do bairro Tiradentes, podem mudar com o depoimento dos pais, uma mulher de 34 anos e um homem de 36.

A versão de que a criança foi atingida por uma “bala de chumbinho” não está totalmente descartada, porém ela pode cair com a apuração. “A princípio, foi o que o pessoal do hospital teria dito, mas não há certeza. Está surgindo outra informação que nada disso talvez pode ter acontecido”, afirmou a delegada.

De acordo com o que chegou à delegada adjunta até o momento, pela Polícia Militar, a mãe ficou no hospital com a criança e o pai não foi encontrado e, de alguma forma, surgiu a versão de que ela teria sido atingida por um disparo de arma de fogo. “Vamos entrar em contato com a mãe e o pai para ver em quais circunstâncias ocorreu, se foi realmente tiro. Dizem que pode ser uma queda. As vezes, o que viram no raio x é alguma outra coisa. Não tenho em mãos, não sei o que é. Talvez seja uma conversa que contam e aumentam um ponto. Vamos ver com a chegada deles”, disse.

Os pais da criança devem prestar depoimento ainda hoje na DPCA. O fato de o pai ter saído do posto, ontem, também não  foi esclarecido, segundo a delegada. “Algo estranho, porque não ficou lá”, disse.

A criança ainda não passou pelo exame de corpo de delito. Ela foi encaminhada para a Santa Casa ainda na noite de ontem e recebeu alta nas primeiras horas de hoje.