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São Paulo: 94 % dos acidentes de trânsito são com homens

Números mostram que mulheres no trânsito são prudentes e de pouco risco

22 OUT 2020 • POR Da redação, com informações do G1 • 09h56
Não há nada fisiológico que justifique a diferença de comportamento entre homens e mulheres no trânsito, aponta psicologia - Reprodução

“Mulher no volante perigo constante" ? Não mais. Um levantamento do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga) revelou que os homens são responsáveis por 94% dos acidentes de trânsito no estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2020.

Quatro em cada 10 pessoas que dirigem no estado de São Paulo são do sexo feminino. São cerca de 26 milhões de condutoras.

Segundo os especialistas, o banco de dados do governo estadual aponta que as mulheres são mais cautelosas na direção, contrariando um velho preconceito de que mulheres não sabem dirigir, sendo que apenas 6% dos acidentes registrados em São Paulo envolveram mulheres na direção.

De acordo com Neiva Direito, vice-presidente do Detran-SP, a mulher é mais cuidadosa e o homem é mais impulsivo, agressivo, e a cautela se reflete na fiscalização. “Eu acho que os próprios números já falam por isso. Nós realmente somos muito mais cautelosas no trânsito. Nós temos um levantamento do Infosiga que apura que das 91 mil Carteiras Nacional de habilitação (CNHs) suspensas, as mulheres representam 26% deste número.”

Na hora de contratar um seguro para o carro, esse fator é de extrema relevância, pois de acordo com o corretor de seguros Marcelo Simões dos Santos. “Como a seguradora calibra o preço do seguro de acordo com o risco, uma vez que o risco da mulher é um pouco menor que o homem, então ela tem um preço do seguro de 10 a 15% em geral menor do que o homem. Pelo fato de ela ter uma condução com maior cautela que o homem, até os danos de uma colisão eles acabam sendo com custos menores pra reparação do veículo”, afirma.

A psicóloga Isabela Gondra, que trabalha em um Centro de Formação de Motoristas exclusivo para mulheres, explica que não há nada fisiológico que justifique a diferença de comportamento entre homens e mulheres no trânsito.