Polícia

Massagista teve ajuda do filho, que esquartejou chargista

Depoimento revela detalhes do dia do crime bárbaro conta Antônio

25 NOV 2020 • POR Joilson Francelino e Matheus Rondon • 16h46

Clarisse Silveira, 44 anos, a assassina confessa do chargista Antônio Borges, 54 anos, teve a ajuda do filho, João Victor, 21 anos, para se desfazer do corpo do namorado morto. Segundo o depoimento da massagista, o filho esquartejou o corpo enquanto a mãe colocava dentro da mala. 

Tudo isso aconteceu aproximadamente seis horas depois de a massagista matar o chargista. Em depoimento à polícia, Clarisse disse que estava insatisfeita pois Antônio não assumia o relacionamento que tinham há nove meses. O motivo: a profissão da assassina que em alguns atendimentos fazia massagens eróticas.

No dia do crime, Antônio tinha horário marcado com Clarisse as 7h, mas chegou atrasado, por volta das 7h40. Na “casa de massagens” que fica na rua Padre João Cripa. Antônio chegou, recebeu a massagem e foi tomar banho, na parte de cima da casa. Neste momento houve uma briga, ele teria desferido dois tapas no rosto de Clarisse que o empurrou na escada, pegou uma faca de cozinha e o esfaqueou. A hora da morte: 8h20min. 

Clarisse foi ao bar da esquina, voltou para a casa, saiu no período da tarde para comprar sacos de lixo e voltou. Ela chamou o filho João Victor, que tem passagem pela polícia e disse em depoimento que só soube do crime quando chegou ao local. Emendou ainda que quando chegou à casa, o corpo já estava duro e tudo pronto para esquartejar. Ele começou a cortar o corpo em pedaços, enquanto a mãe limpava o chão com água sanitária e guardava os restos mortais nas malas.

A mulher então chamou um motorista, que diferente da versão passada não trabalha em aplicativos de carona, porém, aceitou a corrida por R$ 70 depois de muita insistência de Clarisse. Ele não sabia o que tinha dentro da mala. O destino? A casa do filho, a 40 metros de onde o corpo seria deixado, no Jardim Corcovado. O filho mora com a esposa e para que ela não desconfiasse, as malas foram deixadas do lado de fora da residência. Por volta das 3 horas da madrugada de domingo (22), João Victor levou o corpo até a residência abandonada, em três viagens, exatamente a quantidade de malas. A polícia agora vai fazer exames para embasar a dinâmica feita por eles.

Após o depoimento, a massagista assassina foi levada para a Segunda Delegacia de Polícia de Campo Grande. O filho, como não tem mandado de prisão expedido contra si, foi solto. A investigação continua.