Justiça

Justiça condena Olarte por "ocultar patrimônio", mas ex-prefeito vai recorrer

Na mesma decisão juiz desconsiderou a maioria das acusações do MP

8 DEZ 2020 • POR Joilson Francelino • 11h57

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro. Sua esposa, Andreia Olarte, também foi condenada pelo mesmo crime, envolvendo suposta compra de um imóvel no valor aproximado de R$ 1,5 milhão, no Residencial Damha.

O casal foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e associação criminosa. O advogado de defesa de Olarte, Karlen Obeid, explica que o juiz dividiu a denúncia em onze fatos, ou seja, onze imóveis. O ex-prefeito foi absolvido em 10 dos fatos, restando apenas o imóvel do Damha, que o juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, entendeu que caracteriza como compra e, por isso, a “ocultação de patrimônio”.

O advogado Karlen Obeid disse que que foi apresentada uma perícia técnica,demonstrando que mesmo que houvesse essa compra, seu cliente tinha caixa, ou seja, “não estava lavando nada”. “Segundo ponto, a manifestação de intensão de compra não caracteriza compra, a pessoa pode namorar durante um ano o imóvel e não comprar”, disse.

Apesar da condenação, a Justiça concedeu o direito de Olarte recorrer em liberdade. A defesa informou que entrará com recurso, reforçando a argumentação já apresentada no processo.