Justiça

Empresária acusada de racismo paga R$ 10 mil e "se livra" da cadeia

Marisa Pereira chamou entregador de preto e disse: "Na minha loja você não entra"

16 DEZ 2020 • POR Joilson Francelino • 12h53

A empresária Marisa Pereira de Oliveira, 50 anos, acusada de racismo contra um trabalhador de 52 anos, pagou fiança de aproximadamente R$ 10 mil reais e conseguiu sua liberdade nesta quarta-feira (16).

Marisa estava presa desde ontem, o mesmo dia do crime, que ocorreu em sua loja, a Primordial Embalagens, da Avenida Coronel Antonino.  Ela deverá comparecer a cada bimestre em juízo para informar seu domicílio e justificar atividades. A decisão é da juíza de direito Liliana de Oliveira Monteiro.

Ela foi presa em flagrante pelo crime em tese tipificado no artigo 20, da Lei 7.716/89 (racismo), mas foi solta por “não se encontrarem presentes os requisitos para que seja mantida essa prisão”, conforme consta no processo.

Relembre - O fato aconteceu na Primordial Embalagens, quando a vítima chegou para fazer uma entrega. Teria acontecido uma discussão e, em determinado momento, a autora chamou a vítima de preto e disse: “Na minha loja você não entra”.

De acordo com informações da polícia, pelo menos uma testemunha confirmou a denúncia e outras testemunhas foram apontadas. A testemunha disse que estava nas proximidades do local do fato, quando ouviu a suspeita agir com ar de superioridade trazendo à evidência a cor da pele da vítima e, em seguida, impedir a mesma de entrar no estabelecimento para finalizar a entrega que estava fazendo, para tanto mais uma vez invocando a cor da sua pele. 

Marisa, por sua vez, negou as acusações, mas não impediu a prisão em flagrante.