Saúde

"Vacina deve ser democrática.", dispara Mansour da OAB

Líder dos advogados em MS, criticou tentativas de furar a fila na vacinação contra a Covid, que nem começou

23 DEZ 2020 • POR Sarah Chaves • 17h35
Foto: Guilherme Rosa

“A vacina deve ser democrática”, declarou o presidente da OAB - seccional de Mato Grosso do Sul, Mansour Karmouche, após a publicação de que o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça solicitaram a Fiocruz reserva de  imunizantes para os servidores.

A Fiocruz rejeitou nesta quarta-feira (23), o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF)  por reserva de doses de vacinas para 7 mil pessoas, entre ministros, servidores e colaboradores. A instituição, que afirma não caber a ela "atender a qualquer demanda específica",  já havia negado uma solicitação semelhante do  Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Em nota, a Fundação informou que a produção é destinada “integralmente” ao Ministério da Saúde, conforme a demanda o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Questionado sobre a atitude do Supremo, Mansour Karmouche, se posicionou contra o pedido que favorecia os servidores. “Sou totalmente contra qualquer tipo de privilégio para quem quer que seja, primeiro temos que atender os grupos prioritários do Brasil. Depois dos grupos prioritários, vacinar de forma uniforme a todos. Não pode haver divisionismo entre categorias”, declarou.

Mansour diz ainda apoiar integralmente a posição da Fiocruz. “A vacina tem que ser democrática, para todos, se não for, nós estaremos dividindo o país. O Ministério da Saúde vai definir o grupo prioritário, o restante da população deve ter a vacina de forma isonômica”.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, também protocolou o pedido para a reserva de 150 mil doses para a indústria de Mato Grosso do Sul. “Nós estamos aguardando o posicionamento da Anvisa sobre nossa intenção, que está sendo alinhada com a Pfizer, mas nada impede que compremos de outro laboratório que seja autorizado”.