Internacional

Coréia do Sul discriminaliza o aborto para todas as mulheres

No entanto, não há um limite oficial para a prática do aborto no país

2 JAN 2021 • POR Sarah Chaves, com informações do G1 • 16h51

O direito à interrupção voluntária da gravidez, antes só aceito para vítimas de estupro ou em casos de risco à saúde da gestante, agora é extensivo a todas as mulhere da Coreia do Sul.

A lei que criminalizava o aborto foi retirada na sexta-feira (1°) da legislação do país.

"Esta é, sem dúvida, uma vitória", celebra Na Young, líder da associação Share, organização que defende os direitos das mulheres. "Os membros da Assembleia Nacional não concordaram em alterar a lei existente. Como a lei deveria expirar após a decisão do Tribunal Constitucional de abril de 2019, que a declarou ilegal, as disposições penais sobre o aborto na lei que o criminalizava não estão mais em vigor a partir de 1º de janeiro de 2021. Estou muito feliz em compartilhar esta boa notícia da Coreia do Sul ", declarou Young.

No entanto, não há um limite oficial para a prática do aborto em um país com costumes conservadores.

O movimento pró-vida está reagindo e se organizando para que muitas emendas sejam aprovadas. Primeiro, para proibir o aborto depois de seis ou dez semanas de gravidez e, em seguida, para que os médicos tenham a opção de recusar a realização do aborto.
O debate sobre as próximas emendas devem continuar nos próximos meses.