Economia

Zona do euro sai da recessão no 2º trimestre

14 AGO 2013 • POR Via G1 • 11h19
Fachada do Banco Central Europeu, em Frankfurt. (Foto: Reuters)
A zona do euro saiu oficialmente da recessão no segundo trimestre com uma alta de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com os três meses anteriores, anunciou a agência europeia de estatísticas Eurostat em sua primeira estimativa, nesta quarta-feira (14).

O dado é melhor que o esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,2% do PIB no período de abril a junho, depois de seis trimestres consecutivos de contração, no maior período de recessão da zona do euro, formada por 17 dos 28 países da União Europeia (UE).

A surpresa se explica principalmente pelos números do crescimento na Alemanha e França, as duas principais economias do bloco monetário, nos dois casos acima das expectativas.

Na Alemanha, o crescimento foi de 0,7% (contra estimativas de uma alta de 0,5% a 0,6%), após um primeiro trimestre de crescimento nulo. O consumo e, sobretudo, os investimentos, contribuíram para a recuperação, que volta a colocar o país na posição de locomotiva da zona do euro.

Mas a verdadeira surpresa veio da França, que registrou um crescimento de 0,5% no segundo trimestre, contra a estimativa de 0,2%. Este é o melhor resultado da economia francesa desde o primeiro trimestre de 2011.

Outra boa notícia veio de Portugal, que saiu da recessão no segundo trimestre, com um crescimento do PIB de 1,1%, o primeiro resultado positivo em mais de dois anos.

Apesar das boas notícias, ainda é muito cedo para cantar vitória, destacam os analistas.

"A zona do euro saiu da recessão, mas a crise da dívida nos países mais frágeis não acabou", disse Jonathan Loynes, da Capital Economics.

E apesar dos sinais de uma leve melhora na Itália (-0,2% de PIB) e na Espanha (-0,1% de PIB), os dois países continuaram em recessão durante a primavera. No Chipre, a economia registrou contração de 1,4% no segundo trimestre, após uma baixa de 1,7% no trimestre anterior.

A Holanda também permaneceu em recessão no segundo trimestre, com uma queda de 0,2% do PIB.