Saúde

Insumos para produzir Coronavac devem chegar no dia 3 de fevereiro

Informação foi dada pelo diretor do Instituto Butantan em entrevista coletiva

26 JAN 2021 • POR Gabrielly Gonzalez, com informações da CNN Brasil • 11h51

Durante entrevista coletiva nesta terça-feira (26), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que os insumos para produção da Coronavac no laboratório brasileiro devem chegar ao país no dia 3 de fevereiro.

Na segunda-feira (25), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia dito que a previsão era até o fim dessa semana. 

"Os lotes chegarão na próxima semana, em 3 de fevereiro. Temos mais 5.600 litros [de insumos] em processo de liberação, o que, com os 5.400 litros já anunciados, totaliza 11 mil litros. Com essa quantidade, regularizaremos a entrega", esclareceu Dimas.

De acordo com o Instituto Butantan, os 5.400 litros de insumo são suficientes para produzir 8,5 milhões de doses da Coronavac.

Além disso, o diretor contou que o restante dos insumos deve ser importado até abril, o suficiente para produzir as 40 milhões de doses que foram contratadas até o momento. "Existe a possibilidade de um adicional de 54 milhões de doses, mas precisamos da manifestação do Ministério da Saúde", afirmou.

"Na última sexta-feira, enviei um ofício pedindo essa manifestação para que possamos planejar essa produção. O quanto antes houver essa definição, o quanto antes iniciamos o planejamento, traremos essa vacina para o Brasil", expôs.

Dimas explicou ainda que, assim que os insumos chegarem, levará cerca de 20 dias para que as novas doses sejam produzidas e comecem a ser distribuídas. "O ciclo é em torno de 20 dias, pode adiantar ou atrasar dependendo das particularidades do processo produtivo", pontuou. 

Ele ressaltou que o atraso na importação é devido ao "processamento burocrático dos documentos", posição ressaltada pelo embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, que também participou do evento.

"Acredito que todos sabemos que [atraso na importação] se trata de questão técnica, não política. As vacinas são uma arma para conter a pandemia e garantir a saúde do povo, não um instrumento político", afirmou Wanming.

"A parte chinesa está disposta a manter a cooperação com o governo do Brasil, com o governo de São Paulo e apoiar em conjunto a parceria entre a Sinovac e o Butantan para que a Coronavac contribua ainda mais para o combate à pandemia no Brasil", disse o embaixador da China.