Saúde

Mesmo com licença definitiva, clínicas particulares não têm previsão de vacinas

Anvisa concedeu registro à Pfizer, que tem eficácia de 95% contra o coronavírus

23 FEV 2021 • POR Joilson Francelino • 18h11

As clínicas particulares seguem sem previsão de aquisição de vacinas contra o novo coronavírus, mesmo com a licença definitiva concedida nesta terça-feira (23) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à vacina da Pfizer, que tem eficácia de 95% contra o coronavírus.

A farmacêutica clínica, responsável pelo setor de vacinação da Attive.pharma em Campo Grande, Thallyta Campos, explicou ao JD1 Notícias que  já existe o registro que permite a compra das vacinas pelas clínicas privadas, porém, ainda não está disponível esse processo. “Para a comercialização de vacinas é necessário alvará específico para o estabelecimento e toda infraestrutura necessária”, detalhou.

Ainda segundo Thallyta, a compra, quando for liberada, dependerá da quantidade de doses disponíveis. “Nenhuma empresa disponibilizou ainda quantidades para a compra para as instituições privadas, pois o foco são as instituições federais”, completou.

Para a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), a prioridade para aquisição de doses de qualquer vacina contra a Covid19 deve ser do Governo Federal, para utilização de acordo com o plano nacional. “As clínicas associadas à ABCVAC aguardam a disponibilidade de doses para aquisição pelo setor privado de vacinação humana, para poderem atuar, como sempre fizeram, de forma complementar ao Programa Nacional de Imunização”, informou em nota.

Primeira com registro definitivo - A vacina da Pfizer é a primeira a receber o registro definitivo no Brasil, que é uma autorização permanente para ser usada em território nacional. A CoronaVac e o imunizante de Oxford tiveram o uso emergencial concedido pela agência, mas ainda possuem caráter experimental no país.

A aprovação do registro ocorre após 9 meses de negociações entre a Pfizer e o Ministério da Saúde para a compra da vacina. O Brasil é o 71º país a aceitar o uso do imunizante da Pfizer, segundo o Our World in Data, um site de monitoramento da vacinação pelo mundo coordenado por cientistas da Universidade de Oxford. No entanto, ainda não há doses da Pfizer no Brasil.