Cidade

Barreiras sanitárias serão novamente implementadas na capital

Medida da Prefeitura é tomada diante ao aumento de casos e falta de leitos

6 MAR 2021 • POR Sarah Chaves com informações da Assessoria • 16h20

Devido ao aumento do número de casos da Covid-19 que vem sendo registrados em Campo Grande, a Prefeitura de Campo Grande se reuniu com autoridades de competência municipal e técnicos da saúde para discutir medidas de enfrentamento a pandemia.

Uma das medidas restritivas que será adotada é a implementação de barreiras sanitárias nas entradas do município, além de ampliar ampliar o número de leitos de terapia intensiva (UTI) e retomar as ações de desinfecção em terminais, feiras e vias públicas, a fim de assegurar a assistência adequada à população e conter o avanço da Covid-19.

A medida vai de encontro ao aumento de casos na cidade que hoje teve 435 novos registro de infectados e marca -4 leitos de UTI, conforme boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Estado de Saúde.

A última vez em que a medida de barreiras foi adotada, ao passar pelo local, os motoristas eram abordados por profissionais da saúde e voluntários, que aferiam a temperatura corporal e orientavam à população sobre o vírus.

Caso os testes detectem estado febril, motorista e passageiros fazem o teste rápido e são encaminhados para outras providências.

Enfrentamento

As ações de enfrentamento da pandemia da Covid-19 realizadas em Campo Grande foram consideradas referência para outros  estados e municípios do País. Uma das primeiras medidas adotadas pela Capital , inclusive antevendo um possível surto no país, foi a instituição do Plano Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus (Covid-19), publicado no dia 27 de fevereiro de 2020, e posteriormente a criação do Centro de Operações de Emergências de Campo Grande (COE-CG), com objetivo de deliberar ações estratégicas a fim de minimizar a disseminação do vírus.

Campo Grande foi uma das primeiras cidades do país a deliberar pela suspensão das aulas na Rede Municipal de Educação e impor restrições ao funcionamento de estabelecimentos comerciais, além de recomendar medidas de prevenção e distanciamento social, conforme Decreto n. 14.189, de 15 de março de 2020, o que certamente refletiu na redução da circulação do vírus.

No dia 18 de março daquele ano, o município decretou situação de emergência endurecendo às medidas, em várias frentes, como Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança, suspendendo ainda todos os eventos públicos. A Prefeitura determinou a distribuição de “kit-merenda”  como medida assistencial para prover a alimentação aos alunos da Rede Pública Municipal  durante o período de pandemia, atendendo cerca de 20 mil estudantes e suas famílias.

Antevendo a possibilidade de um colapso na rede hospitalar o município, em parceria com o Governo do Estado, pactuou a disponibilização de 453 leitos, sendo 112 de UTI e 341 de enfermaria para atender pacientes com Covid-19 e outras síndromes respiratórias.

Diversas foram implementadas desde então, como a fiscalização dos comércios, obrigatoriedade de uso de máscaras no transporte coletivo, entre outras ações, como a criação de um serviço de monitoramento em tempo real do avanço dos casos, o que é imprescindível para nortear ações.