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Zidane critica transferência recorde do Real: 'ninguém vale 100 milhões'

9 SET 2013 • POR Via Terra • 10h38
Zidane disse que nem ele, no auge, valia 75 milhões de euros. (Foto: Getty Images)
Ex-craque e hoje assistente técnico do Real Madrid, Zinedine Zidane criticou o alto valor da transferência do meia-atacante Gareth Bale, contratado na última semana pelo clube espanhol junto ao Tottenham, da Inglaterra, por aproximadamente 100 milhões de euros (R$ 310 mi). Em declarações à emissora francesa Canal +, ele se mostrou contrário ao mercado inflacionado do futebol mundial e às altas cifras envolvidas nas negociações.

“Dez anos atrás eu mesmo disse que não valia 75 milhões de euros”, disse Zidane, que custou 78 milhões de euros para o Real tirá-lo da Juventus, da Itália. “Hoje em dia continuo pensando da mesma forma, que nenhum jogador vale isso. Assim é o futebol, por desgraça. Não dá para entender, é incompreensível com tudo o que está acontecendo”, acrescentou, citando a crise financeira que assola a Europa – principalmente a Espanha.

O valor exato da compra de Bale vem causando divergência: o Tottenham mantém a versão de que fechou a negociação em 101 milhões de euros (a maior da história), enquanto o Real alega que pagou um valor menor: 91 milhões (5 milhões de euros a menos do que foi envolvido na compra de Cristiano Ronaldo, em 2009). Independentemente do dinheiro envolvido, Zidane elogiou o novo camisa 11 da equipe merengue.

“É um jogador que demonstrou durante os últimos três anos que é um dos melhores em atividade. Além disso pode melhorar, pois só tem 24 anos. Acredito que poderá agregar muito à equipe”, destacou Zidane, que reconhece a pressão que Bale enfrentará nos primeiros meses no Santiago Bernabéu.

“Ele está vindo ao melhor clube do mundo. Eu vivi isso durante três meses e foi muito complicado, cheguei até a perguntar se não era melhor ir embora. Mas depois você se concentra no que acontece dentro de campo e as coisas fluem com mais naturalidade. Meu papel será orientá-lo para que jogue como sabe e que não se pressione demais”, explicou.