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Presidente da Associação Médica do MS pede retificação a órgão nacional de medicina

A Associação estadual pede que AMB exclua seu nome do "Boletim 02/2021 do CEM-COVID 19”, e da “Carta dos Médicos do Brasil à Nação”

24 MAR 2021 • POR Da Redação • 15h10

O presidente da Associação Médica de Mato Grosso Do Sul (AMMS), Justiniano Vavas através de uma nota esclarece que não concedeu qualquer autorização para ter seu nome vinculado como signatária do “Boletim 02/2021 do CEM-COVID 19”, e da “Carta dos Médicos do Brasil à Nação”, emitidos pela Associação Médica Brasileira.

Conforme a nota durante todo o período de pandemia, a Associação tem encaminhado para seus associados notas técnicas visando a orientação de medidas de prevenção à exposição do vírus. "No entanto, sabe-se que não existe uniformidade científica nas medidas de prevenção e tratamento da COVID-19. Tanto é que o Conselho Federal de Medicina, por meio do parecer, defendeu em sua conclusão o livre exercício da Medicina, a autonomia do Profissional para os eventuais tratamentos desta enfermidade".

Com esse entendimento, aliado ao fato de que a AMMS não concedeu veiculação de seu nome, a Associação informa que notificou a entidade nacional para “promover a retificação e, consequentemente, a sua exclusão dos  documentos, assim como para se abster de promover a sua vinculação em quaisquer outras notas e pareceres técnicos sem autorização prévia e por escrito”.

Sendo assim Justiniano Vavas, defende a preservação da autonomia do médico,  em total respeito aos padrões éticos e científicos da Medicina.  

A Carta dos Médicos do Brasil a Nação traz a seguinte redação: [trecho] "Nosso mais grave momento dessa emergência em saúde coletiva. A Covid-19 se mantém em ascensão e todos os números e carências tendem a piorar, se não houver uma resposta firme e coordenada. O Brasil requer união de suas inteligências, da soma de conhecimentos científicos, de estratégias unificadas e ação imediata. Não pode prevalecer a máxima do cada um por si. Nós médicos, por ética, retidão e compromisso com os pacientes, dizemos claramente à Nação: o controle da situação nos foge às mãos, pois não estão sob nosso comando as ações e nem a gestão da saúde. Nosso diagnóstico é de que apenas a obediência às regras de proteção - como o distanciamento social e o uso correto de máscara -, as iniciativas contínuas de testagem e rastreio de contactantes”.

Aproveitamos para comunicar aos cidadãos a criação do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM COVID_AMB), composto pela Associação Médica Brasileira, com suas 27 federadas estaduais, e pelo conjunto das suas 54 sociedades de especialidades do País. O CEM funcionará em regime permanente, enquanto durar a crise. Terá um núcleo executivo formado por médicos com legítima autoridade no campo da prevenção e da atenção aos pacientes acometidos pela doença”.