Sem vacinas, eficácia da primeira sem a segunda dose preocupa
Campo Grande parou calendário de vacinação nesta semana por falta de doses
14 ABR 2021 • POR Gabrielly Gonzalez • 08h28Com a falta de vacinas aqui em Campo Grande, a preocupação aumenta para quem espera para tomar a primeira dose, mas acende o alerta para quem já recebeu a primeira e precisa da segunda dose para estar imunizado.
A reportagem do JD1 Notícias conversou com Júlio Croda, infectologista da Fiocruz, e ele afirmou que a primeira dose de qualquer imunizante continua fazendo efeito. “Gera algum tipo de resposta, não vai estar protegido ainda [sem a segunda dose], mas tem efeito”, garante.
Croda ainda afirma que o ideal é tomar a segunda dose no prazo que é dado pelo fabricante. “Não temos dados se [vacina] for dada depois, mas se demorar, conserva”, declarou.
Vacina em Campo Grande:
A prefeitura da Capital suspendeu o cronograma de vacinação contra o coronavírus na segunda-feira (12). Retorno da imunização será apenas com a chegada de novas doses, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou.
De acordo com a Sesau, em Campo Grande continua imunização dos indígenas e da aplicação da segunda dose da vacina Astrazeneca em trabalhadores da saúde que atuam nos hospitais da Capital.
Governo busca por mais vacinas:
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja esteve em Brasília na terça-feira (13) para solicitar, com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mais imunizantes para MS.
Além disso, visitou a farmacêutica União Química, onde será produzida e fabricada a vacina russa “Sputnik V” e o IFA (ingrediente farmacêutico ativo), que é a matéria-prima. Azambuja manifestou interesse pela compra do imunizante.
Decisão do STF:
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski em ação proposta pelo governo do Maranhão, decidiu sobre a importação e distribuição da vacina russa Sputinik V para o combate à Covid-19. Ministro deu prazo até o dia 28 deste mês para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifeste sobre a "importação excepcional e temporária" do imunizante. Caso o órgão não se posicione, o Estado autor da ação fica autorizado judicialmente a comprar e distribuir a Sputinik V.
Azambuja já conheceu a farmacêutica e todo o sistema de produção; Governador já entregou documento manifestando interesse em adquirir a vacina.