Política

Para trancar ação contra Jamilson, STJ nega Habeas Corpus ao deputado

Magistrado mantém o processo contra o deputado estadual, réu na Operação Omertà por organização criminosa armada, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho

25 ABR 2021 • POR Marcos Tenório, com informações do site O Jacaré • 10h32

Em despacho a ser publicado nesta segunda-feira (26), o ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, vê necessidade de “maioria absoluta” para sustar ação criminal contra parlamentar e negou habeas corpus a Jamilson Lopes Name (sem partido). O magistrado mantém o processo contra o deputado estadual, réu na Operação Omertà por organização criminosa armada, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho.

Segundo informações do site O Jacaré, o pedido de liminar foi negado com base na jurisprudência de que não pode haver supressão de instância. O STJ só deverá analisar o mérito do pedido após o caso ser julgado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Por enquanto, o advogado Gustavo Passarelli da Silva recorreu contra a decisão do relator, o juiz Waldir Marques.

Para a defesa, a decisão do juiz é ilegal porque a Constituição Federal faz de forma expressa quando é exigida a votação qualificada. O que não seria o caso. Ele pediu a concessão de liminar para não ser obrigado a apresentar a defesa prévia do deputado, já que o prazo está correndo na primeira instância.

O pedido pode voltar a ser analisado novamente pelo STJ após a turma do TJMS julgar o mérito. Além da 2ª Câmara Criminal, que ainda vai analisar o habeas corpus de Jamilson, a ação criminal pode ser suspensa por meio de mandado de segurança protocolado pela Assembleia Legislativa, que é relatado pela desembargadora Elizabete Anache e será julgado pela 1ª Câmara Criminal do TJMS.

Outro pedido do legislativo, de suspensão de liminar, está sendo analisado pelo presidente da corte, desembargador Carlos Eduardo Contar, que pode suspender a ação decorrente da Omertà contra Jamilson. O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) alegou que houve ofensa a independência entre os poderes. O pedido está concluso para despacho desde o dia 8 deste mês.


Os 12 deputados que votaram para suspender a denúncia contra Jamilson:

Lídio Lopes (Patri)     Londres Machado (PSD) Mara Caseiro (PSDB) Gerson Claro (PP)     Márcio Fernandes (MDB) Professor Rinaldo (PSDB) Zé Teixeira (DEM)     Felipe Orro (PSDB)     Antônio Vaz (Republicanos) Eduardo Rocha (MDB) Evander Vendramini (PP) Neno Razuk (PTB)