Política

Ato simbólico pode ser importante, diz Assange sobre viagem de Dilma

19 SET 2013 • POR Via G1 • 11h24
Julain Assange, em videoconferência. (Foto: Reprodução)
O fundador do site de vazamento de informações WikiLeaks, Julian Assange, falou na noite desta quarta-feira (18) sobre as denúncias de espionagem envolvendo os Estados Unidos e países latino-americanos, especialmente o Brasil, via videoconferência em um debate sobre o tema no Centro Cultural São Paulo. Para Assange, os brasileiros estão "sendo invadidos por uma jurisdição, uma jurisdição que está fazendo valer a sua lei no estrangeiro".

Sobre a decisão da presidente do Brasil em adiar a viagem que faria a Washington, Assange disse que atos simbólicos podem ser importantes. Dilma Rousseff decidiu adiar a viagem de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos. A decisão foi motivada pelas denúncias de que a agência de segurança norte-americana, a NSA, espionou a presidente, seus assessores e também a Petrobras, segundo revelou o programa Fantástico.

Assange falou que "há um colapso do Estado de direito no Ocidente" com a vigilância e espionagem, e que "Obama perseguiu mais denunciantes, mais fontes jornalísticas, sob a lei de espionagem, do que duas vezes o número de presidentes combinadas."

Sobre sua condição, de estar asilado na embaixada do Equador em Londres, Assange disse que "é muito difícil ficar 500 dias numa embaixada, mas é um luxo, ao contrario de vocês que estão aí eu não posso ser preso. É o lugar mais seguro do mundo para Julian Assange".