Brasil

CPI da Covid investigará falta de vacinas para 2ª dose da CoronaVac

A Comissão é responsável por apurar ações e omissões do governo federal para o enfrentamento da pandemia

3 MAI 2021 • POR Sarah Chaves com informações do G1 • 09h40
A CPI da Covid foi instalada nesta terça-feira (27) no Senado Federal

A CPI da Covid instalada no Senado Federal, decidiu investigar a ausência de vacinas para a aplicação da segunda dose da CoronaVac, nas capitais.

A Comissão é responsável por apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.

Nesta semana a CPI irá ouvir os ex-ministros e o atual titular da Saúde, senadores cobrarão explicações e soluções para a falha de planejamento da pasta. O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, será questionado porque não houve uma previsão confiável para a distribuição dessas doses.

“Isso evidencia uma total falta de planejamento. A CPI entrará nesse tema, tamanha a gravidade”, disse ao blog o senador Eduardo Braga (MDB-AM), integrante da CPI da Covid.

Já o ministro Marcelo Queiroga será cobrado a dar uma resposta rápida para a paralisia na vacinação de idosos que aguardam a segunda dose.

“O governo precisa dar uma resposta rápida a ausência de vacinas. Como não se previu um estoque para a segunda dose?”, reforçou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (AP-Rede).

Inicialmente, os estados estocavam vacinas para garantir que todas as pessoas já imunizadas recebessem a segunda dose.No entanto, em fevereiro Pazuello mudou a orientação: determinou que todas as vacinas fossem aplicadas de imediato, sem a preocupação de guardar parte delas.

Dias depois, o Ministério da Saúde voltou atrás e disse que os estados deveriam, sim, estocar a CoronaVac para garantir a segunda dose a todos. Em março, mais uma vez, a pasta mudou de opinião e orientou a aplicação de todas as vacinas, sem reservas.

Em abril, Queiroga foi ao Senado para dizer que a orientação mudou novamente: desde então, os estados devem armazenar metade do estoque para garantir que o esquema vacinal de duas doses seja cumprido no intervalo correto (28 dias para a CoronaVac/Butantan e 3 meses para a de Oxford/Fiocruz).