Polícia

Morte de artesã: delegado diz que esposo poderia ter sido assassinado

Segundo Salomão, o esposo estava na residência no momento do crime, mas não ouviu nada por ter problemas de audição

4 MAI 2021 • POR Matheus Rondon • 16h35
Artesã foi encontrada amarrada e amordaçada; Delegado Reginaldo Salomão

A linha de investigação sobre o caso da artesã Catarina Maria Marquesi Moreira, de 72 anos, encontrada morta, amarrada e amordaçada, na manhã desta terça-feira (4), no bairro São Francisco em Campo grande, é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), apesar disso, a família ainda não deu falta de bem material.

morta, amarrada e amordaçada

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, o esposo de 74 anos da vítima estava na residência no momento do crime, porém, por possuir deficiência auditiva e necessitar de um aparelho para poder ouvir, não foi possível ecutar a movimentação. “O esposo teve um acidente vascular cerebral recentemente, o que dificulta também a locomoção, talvez se tivesse se encontrado com o autor, poderia estar morto.”, disse.

O delegado especula com base nas informações iniciais de que o autor pulou o muro de uma casa abandonada ao lado e entrou no ateliê, após tentou ganhar mais espaço e acabou se encontrando com a vítima, momento em que desferiu um soco na região da boca dela. Na casa da familia, foram encontrados quatro quadros fora do lugar, o que levanta a hipótese de que o autor procurava por um cofre. "Apesar de bem localizada e boa arquitetura, o casal não tinha joias e nem eletrodomésticos que chamassem atenção.", disse Salomão.

Durante conversa com o esposa da vítima, o delegado disse que ele colaborou com as investigações.“Eu senti da parte dele grande vontade de ajudar. "Quando o marido desceu, ele encontrou a esposa naquela situação e a desamarrou, ali ele sentiu que ela estaria agonizando e então começou a pedir socorro, ele tentou falar primeiro com o filho, mas pelo nervosismo não conseguiu completar a ligação, conseguiu falar com o genro, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a polícia. A familia fez o que a policia espera do cidadão, acionou imediatamente o socorro e policia.", disse o delegado.

A policia não descarta nenhuma hipótese. "Trabalhamos como latrocínio em razão de como o caso ocorreu, mas se aparecer indicio de homicídio ou possível vingança, nós ampliaremos as investigações com certeza.”, finalizou Salomão.

O caso segue em investigação na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e aguarda informações da perícia.