Tecnologia

IFMS produz e distribui equipamento econômico de apoio para intubação

Ao todo, foram produzidos 20 kits de videolaringoscópios, que reduz custo de compra em 160 vezes

7 MAI 2021 • POR Sarah Chaves com informações do IFMS • 13h08
Os kits já foram entregues ao Hospital Universitário de CG e também à Secretaria Estadual de Saúde - Divulgação

Uma equipe de pesquisa do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), desenvolveu um videolaringoscópio de baixo custo, para facilitar o trabalho dos médicos no procedimento de intubação dos pacientes.

O projeto foi desenvolvido por uma aluna do Campus do IFMS de Campo Grande, dois professores com o apoio da médica anestesiologista Camila Fernandes. "O laringoscópio é feito na impressora 3D. Com a câmera acoplada ao celular, têm-se um videolaringoscópio similar ao produzido pela indústria", explica Cláudia Fernandes, coordenadora do projeto.

"O diferencial do equipamento produzido pelo IFMS é que as lâminas que compõe a estrutura do laringoscópio são confeccionadas em impressoras 3D. Com a câmera acoplada ao celular, têm-se um videolaringoscópio similar aos produzidos pela indústria", explica a professora Cláudia Fernandes, coordenadora do projeto.

O custo do equipamento produzido no Instituto Federal pode ser até 160 vezes menor do que o valor dos disponíveis no mercado. "Um videolaringoscópio pode custar até R$ 16 mil, e o nosso não sai nem por R$ 100. As únicas aquisições que precisaram ser feitas foram as dos filamentos para a produção da estrutura do laringoscópio na impressora 3D e da câmera, que fica conectada ao celular", ressalta o professor Matheus Neivock, também na equipe do projeto.

Projeto 

Com o recurso destinado ao projeto, cerca de R$ 10 mil, foram feitas aquisições de dez filamentos, câmeras, lixas, materiais de limpeza, entre outros itens. Ao todo, foram produzidos 20 kits, onde estão incluídos quatro tamanhos diferentes de videolaringoscópios, sendo um pediátrico e três para uso em adultos, além da câmera que deve ser conectada ao celular.

"Participar do projeto foi bom porque, além de descobrir as possibilidades com a impressora 3D, o equipamento será de grande serventia para médicos e pacientes", comentou a estudante, Maria Cristina da Silva, bolsista do 3º semestre do curso superior de tecnologia em Sistemas para Internet.

Os kits já foram entregues ao Hospital Universitário de Campo Grande e aos hospitais de São Gabriel D'Oeste, Nova Alvorada do Sul e Bodoquena, e também à Secretaria Estadual de Saúde (SES), com a presença do secretário, Geraldo Rezende, e da reitora do IFMS, Elaine Cassiano.

Também estão previstas entregas à Santa Casa e ao Hospital Regional de Campo Grande, e ao Corpo de Bombeiros da capital.