Brasil

Backer volta a vender cerveja após morte de 10 consumidores

Clientes da marca consumiram bebidas contaminadas da cervejaria, em Belo Horizonte, no ano passado

11 MAI 2021 • POR Brenda Assis • 17h13

A marca Capitão Senra já tinha sido relançada em outubro do ano passado, em um evento no Templo Cervejeiro da Backer, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, a partir de uma parceria da empresa com uma fabricante de cerveja do interior de São Paulo. As informações são do G1.

“A Cervejaria Três Lobos Ltda. tem pautado sua atuação na estrita observância das normas e no cumprimento das decisões administrativas e judicias. Nesse sentido, voltará a comercializar a cerveja Capitão Senra, iniciativa fundamental para a manutenção do emprego de seus colaboradores e para honrar seus compromissos”, afirmou a empresa nas redes sociais.

Em novembro, a Justiça determinou a suspensão de atividades da cervejaria, inclusive a comercialização da Capitão Senra. Mas, no último dia 22, o juiz Haroldo André Toscano de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, revogou a proibição.

O órgão destacou que a cerveja não seria produzida no pátio industrial da Backer, mas sim “sob a responsabilidade de empresa detentora dos alvarás sanitários competentes“. Ou seja, uma terceirizada.

A produção de bebidas na fábrica da empresa, na capital, está proibida devido à contaminação das cervejas da Backer com dietilenoglicol, que veio à tona em janeiro do ano passado, quando a Polícia Civil começou a investigar a internação de várias pessoas com sintomas de intoxicação.

Dez pessoas morreram após consumirem bebidas contaminadas da cervejaria e várias outras tiveram sequelas.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça, em outubro do ano passado, 11 pessoas, entre elas os três sócios-proprietários da cervejaria Backer, “por crimes cometidos em função da contaminação de cervejas fabricadas e vendidas pela empresa ao consumidor”.