Brasil

Mãe de Henry continuará em cela isolada, ela alega "temer pela vida"

Ela tem medo de sofrer represálias caso seja encaminhada para o convívio com outras presas

14 MAI 2021 • POR Brenda Assis • 17h13

Com medo de represálias por ter sido denunciada pelo morte do filho Henry, 4 anos, a professora Monique Medeiros permanecerá isolada em uma cela no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

A quarentena de Monique acaba neste sábado (15), após ter sido infectada pelo coronavírus. Ao ingressar no sistema penitenciário, ela alegou “temer pela própria vida” caso fosse para o convívio com outras presas.

Em entrevista ao Jornal Extra, o secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, confirmou a manutenção do isolamento. A cela, de seis metros quadrados, é equipada com beliche e colchonetes, pia, vaso sanitário e chuveiro de água fria.

Monique retornou ao local em 30 de abril, após ficar 11 dias no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, para o tratamento da Covid-19.

Monique e o padrasto do menino, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), tiveram a prisão preventiva decretada e são réus no 2º Tribunal do Júri pela tortura e homicídio qualificado com emprego de tortura de Henry.

O menino chegou morto a um hospital da zona oeste no dia 8 de março. Laudo apontou 23 lesões por agressão. O casal, à época, alegou acidente doméstico. Procurada, a defesa de Monique não se pronunciou.