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Protegido por Felipão, Júlio César não se vê garantido na Copa de 2014

27 SET 2013 • POR Via Uol • 10h49
O goleiro Júlio César. (Foto: Andressa Anholete/Frame)
Em oito dias, Júlio César viveu situações extremas. O goleiro foi da alegria da convocação antecipada para a Copa do Mundo de 2014 feita por Luiz Felipe Scolari à dor de uma fratura no dedo, que o deixará pelo menos um mês fora dos gramados. Apesar disso, ele parece ter reagido com a mesma frieza e tranquilidade às duas. O goleiro da seleção brasileira e do Queens Park Rangers afirmou em entrevista ao UOL Esporte não se sentir garantido no Mundial, apesar das declarações do chefe.

"Aquela situação que o Felipão acabou se expressando em relação a mim foi mais uma situação de me proteger. Agradeço a confiança, mas ainda não me sinto garantido na Copa. Em oito meses muita coisa pode acontecer. Quem vai levar o Júlio César é o próprio Júlio César", diz.

Sobre a lesão, que irá adiar ainda mais as chances de o goleiro defender o QPR, ele nega ter ficado com medo de isso atrapalhar sua preparação para o Mundial.

"Na hora, o que passou na cabeça foi a dor mesmo. Depois, a todo momento, só pensei em fazer a radiografia e operar para o problema ser solucionado rapidamente", conta.

Com as duas mãos imobilizadas – além da fratura na mão esquerda, ele luxou dois dedos da direita – Júlio César segue fazendo treinos físicos no QPR e sonha diminuir o tempo previsto para a sua volta aos gramados. A estimativa dos médicos do clube é que ele fique seis semanas parado.

Sem dirigir, teve de mudar algumas coisas da sua rotina em Londres. Um compromisso, porém, não tira da agenda: os jogos de futebol do filho na escola, todas as terças e quintas à tarde. Cauet, de 10 anos, é fã de Neymar e joga na linha. Pedido do pai, calejado com as agruras da função de goleiro? "Não, para falar a verdade eu não imponho nada. Nem que jogue futebol. Quero que faça o que ele escolher, basquete, natação, o que for".