Polícia

'João Mentira' confessa ter assassinado amigo a facadas e jogado corpo em rio, mas morto reaparece

Homem mentiu para delegado e juiz em audiência de custódia

11 JUN 2021 • POR Marcos Tenório • 07h29


Mário Lima, de 33 anos, que havia sido dado como morto depois que João Carlos Colman de Freitas, de 38 anos, ter confessado o crimeque teria ocorrido em Paraíso das Águas, que fica a 277 km de Campo Grande, semplesmente acabou ‘reaparecendo’ na noite desta quinta-feira (10), em um ônibus vindo da Capital. Após reaparecer, ele não quis dar detahes do que havia acontecido, já que disse que não se lembrava. Ele prestou depoimento ao delgado, que também não quis dar detalhes.

João Carlos foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia onde inventou a história com requintes de detalhes. Conhecido como ‘João Mentira’, ele e José Augusto estavam com Mário Lima quando durante a ida até uma boate teriam esfaqueado Mário e jogado o corpo de cima da ponte, no Rio Verde. Bombeiros foram ao local e fizeram uma varredura na região e o corpo não foi encontrado, pois a vítima estava viva.

Depois de supostamente desovarem o corpo a dupla, João e José, resolveram voltar para a cidade quando aconteceu um acidente e José acabou morrendo submerso dentro do carro, sendo que o corpo encontrado por equipes do Corpo de Bombeiros. Mas, segundo João Mentira, tudo teria acontecido entre a madrugada do dia 30, quando o suposto assassinato teria sido cometido e segunda-feira (7), dias depois quando o corpo de José Augusto foi encontrado submerso no carro.

O reaparecimento do morto

Com o reaparecimento de Mário Lima, na noite desta quinta (10), a polícia descobriu toda a mentira. Na realidade, quando os três amigos teriam ido até uma boate para ingerirem bebidas alcóolicas depois da saída de um bar em Paraíso das Águas, encontraram o local fechado e decidiram vir para Campo Grande, onde Mário ficou o tempo todo em uma pousada. Quando reapareceu, Mário não soube explicar o que de fato havia acontecido.

José e João, então, voltaram para Paraíso das Águas, mas nesse meio tempo acabaram sofrendo um acidente quando José Augusto acabou morrendo afogado preso dentro do Gol, que era dirigido por João, que não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estava embriagado. Ele fugiu e não disse para ninguém sobre o acidente deixando o corpo do amigo no rio dentro do carro. Sendo que depois inventou a história do crime com requintes de detalhes, mentindo para o delegado e o juiz em audiência de custódia.