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No último dia do Mundial, Sasaki e Hypolito ficam fora do pódio no salto

6 OUT 2013 • POR Via SporTV • 15h29
Diego Hypolito encerra seu salto no Mundial: ele já projeta 2014. (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
O último dia do Mundial de Ginástica da Antuérpia, na Bélgica, ainda reservava espaço para dois brasileiros. Na final do salto, na manhã deste domingo, o país foi representado por Sergio Sasaki e Diego Hypolito. O primeiro, tinha expectativa de pódio. Já o segundo, especialista do solo, havia dito que não acreditava ter condições de brigar por uma medalha. No fim, Sasaki terminou a decisão do aparelho em 5º, enquanto Diego apareceu logo atrás, em 6º.

Sasaki chegou à final com expectativa. Afinal, na fase classificatória, ele havia avançado na terceira posição geral. No entanto, uma pequena desequilibrada na chegada do segundo salto atrapalhou sua performance. Com a média de 15,099 (15.333/14.866), ele sai satisfeito com seus resultados no Mundial da Bélgica (ficou em 5º lugar no individual geral) e planeja continuar na briga por medalhas no próximo ano.

"Saio satisfeito da competição. Fiz a minha parte. O principal objetivo era não ter falhas na competição e entrar mais confiante para os próximos mundiais. Fiz a minha parte mais uma vez e não tive quedas. Não estou superfeliz porque quero ser medalhista. Vou buscar estar entre os três sempre. É o meu objetivo. Se hoje não deu, vou voltar para o ginásio e tentar no ano que vem. Bateu na trave" disse Sasaki.

Com duas chances de execução dos saltos, o brasileiro foi para a série com um semblante tranquilo. Após a primeira tentativa, os punhos cerrados, no alto, demonstravam a alegria do ginasta. A parcial de 15.333 colocava Sasaki na liderança momentânea. Mas a segunda série foi determinante para sua queda. Depois de efetuar o salto, a aterrissagem foi um pouco desequilibrada. O suficiente para ser descontado e ter uma nota de 14.866, ficando com a média de 15.099. O primeiro colocado foi o sul-coreano Hak Seon Yang, campeão olímpico, com 15.533.

Sergio Sasaki já havia conquistado, na última quinta-feira, a quinta colocação também no individual geral, a soma dos seis aparelhos. O resultado foi histórico para a ginástica artística masculina.

Sem expectativa de medalhas, Diego Hypolito executou dois saltos regulares e vibrou. Com quatro lesões no ano passado, o objetivo era chegar à final. O sexto lugar, com uma média de 15.049 (14.966/15.133), foi considerado satisfatório. No sábado, ele já havia ficado em quinto no solo, sua principal prova.

"Com o salto eu fiquei satisfeito. Não esperava estar na final, mas hoje ainda estava bem triste por causa do solo. É inevitável. Eu não esperava ficar triste em não ser medalhista, mas fiquei. Consegui esquecer um pouco na hora da prova. Mas meus saltos ainda são fracos perto dos outros finalistas mundiais. Vamos esperar e treinar bastante para disputar medalha no ano que vem" disse Diego.

Os brasileiros vivem um momento conturbado no dia a dia de treinamentos. Dispensados do Flamengo, no início do ano, os ginastas estão sem clube. Eles realizam suas atividades no Pinheiros, mas sem qualquer vínculo com a equipe paulista.

"A gente tenta parar de falar de clube, ginásio, mas não tem o que fazer. O Brasil sedia as Olimpíadas e não temos ginásio de treino. Eu realmente não consigo entender. Se não tivéssemos resultado, mas a ginástica masculina conseguiu seis finais no Mundial. Foi histórico neste primeiro ano do ciclo" analisou Diego Hypolito.

Sasaki também enalteceu a participação da ginástica masculina no Mundial. Mais uma vez, ele fez um apelo e pediu mais apoio para a modalidade. Ele procura resolver o quanto antes a sua falta de clube.

"Tomara que o Brasil se sensibilize. Veja que temos dois atletas talentosos que precisam de um lar. Esse é um momento difícil da minha vida. Quero um clube e vou competir por ele de coração. É chato ficar imaginando que, se tivéssemos um bom centro de treinamento, poderia estar com a medalha" desabafou Sasaki.

Arthur Zanetti conquistou a única medalha brasileira no Mundial da Antuérpia. O campeão olímpico das argolas também faturou o título de melhor do mundo no aparelho. Entre as mulheres, o Brasil teve duas participantes: Daniele Hypolito e Leticia Costa. Com uma lesão no tornozelo, a primeira só participou de duas provas, barras assimétricas e traves, mas não foi às finais. Leticia esteve no individual geral e também não conseguiu avançar para a decisão.

Classificação final do salto:
1º Hak Seon Yang (COR) - 15,533
2º Steven Legendre (EUA) - 15,249
3º Kristian Thomas (GBR) - 15,233
4º Kenzo Shirai (JPN) - 15,133
5º Sergio Sasaki (BRA) - 15,099
6º Diego Hypolito (BRA) - 15,049
7º Marius Daniel Berbecar (ROM) - 14,850
8º Oleg Verniaiev (UCR) - 14,449