Brasil

CPI da Pandemia quebra sigilo de documentos com nomes de empresários

Senadores também pediram à PGR, relação de procedimentos que envolvam o ex-ministro Pazuello

16 JUN 2021 • POR Sarah Chaves com informações da G1 • 13h50
Foto: Edilson Rodrigues

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (16), quebras de sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário de cinco empresários, entre eles Carlos Wizard suspeito de integrar um "gabinete paralelo" de aconselhamento do governo em assuntos relacionados à pandemia da covid-19.

Executivos de empresas farmacêuticas que se beneficiaram com o aumento nas vendas de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina durante a pandemia também estão na lista.

O presidente e a diretora do laboratório Aspen, Renato Spallicci, e Renata Farias Spallicci, respectivamente, tiveram as quebras de sigilo aprovadas, após o laboratório ser citado em documentos recebidos pela CPI, que mostram mensagens do Ministério das Relações Exteriores junto ao governo indiano.

Também deve ter os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático quebrados o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano. A empresa intermediou a negociação entre a Bharat Biotech e o Brasil para a aquisição da vacina pela Covaxin. 

A CPI também aprovou a quebra de informações bancárias e fiscais do sócio-administrador da empresa Vitamedic Indústria Farmacêutica, Jose Alves Filho. Segundo Randolfe, junto com a Apsen, a Vitamedic foi líder de venda do chamado kit covid, composto por medicamentos sem eficácia comprovada contra covid-19. 

Outra decisão dos senadores foi pedir à Procuradoria-Geral da República que forneça à CPI a relação de procedimentos e processos instaurados que envolvam o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Esse requerimento, apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), também solicita as cópias integrais dos autos que existam sobre Pazuello.